terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Venha o teu reino na terra como no céu

Muitos dos que ainda estão esperando que Cristo estabeleça o seu reino nessa terra, fazem o seguinte questionamento: Por que não estaríamos esperando pelo reino de Deus se oramos a ele "venha o teu reino"?
Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; Mateus 6:10
Jesus estava falando sobre o Reino de Deus, o qual naquele momento ainda não havia sido estabelecido! O Reino só passou a existir depois da morte e ressurreição de Cristo, então mais do que nunca o "venha o teu reino" fazia todo o sentido estar nas orações daqueles homens. Ademais, não basta o reino está estabelecido, é preciso reinar (fomos feitos reis e sacerdotes) e a oração faz parte disso.
Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido. Mateus 5:17-18
Nós entendemos isso voltando um pouco antes, no capítulo anterior para ser mais exato, a conversa de Jesus se dá dentro de um contexto em que ele explana uma situação que é anterior ao da vitória na cruz. Nesse contexto a lei ainda era maior que o Cristo em carne que estava ali, tanto que ele ainda havia de cumpri-la integralmente, em outras palavras, sem a graça de Deus, sem o seu reino. Cristo mencionar a vinda do reino na oração era com o intuito de colocar Deus Altíssimo como soberano nessa questão "seja feita a tua vontade". Mas o que os movimentos criados a partir da imanentização escatológica do pensamento moderno fazem é muito mais do que um erro de interpretação: é uma adulteração da palavra. Como ficou claro neste post (clique aqui), o maior causador da imanentização do eskhatos é a eliminação do elemento "vontade de Deus", dando ênfase na capacidade humana frente às suas ações em trazer o paraíso à terra.

O lema então passa a ser "Venha o teu reino na terra como no céu". Perdendo a transcendentalidade de Deus o "teu" passa apenas a ser um imanente "nosso" e o "céu" um simbolo da perfeição que o "nosso" deseja alcançar. Se alguém quiser ver quando que o "comprar e vender" vai entrar na história veja aqui um exemplo, o problema não está na venda de um produto, claro, mas na disseminação da ideia.

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