segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Pontos de vista a respeito do "milênio"

Acho importante entendermos o que cada modelo de interpretação defende, pois assim passamos a saber onde estamos pisando na medida em que nos deparamos com algum conteúdo escatológico. É claro que estas apresentações aqui expostas não são imparciais, na medida em que este é um blogue que expressa o que acredito, mas se você é já um leitor do Está Por Vir e tem algum conhecimento sobre a Ordem Mundial de Baha'u'llah, não será um problema. Por esse já ser um assunto amplo na internet e chegar a ser enfadonho, tentei abordá-lo de uma maneira livre.

Pré-milenismo clássico e dispensacionalista

O pré-milenismo clássico Defende que Cristo voltará, prenderá Satanás e estabelecerá o seu reino milenar na terra. Depois de mil anos exatos (para alguns não são exatos) Satanás seria liberto e ajuntaria uma multidão para se opor ao reino de Cristo, então seriam derrotados e jogados no lago de fogo. Existe ainda o pré-milenismo dispensacionalista que difere do clássico em crer no arrebatamento secreto da igreja antes do período da "grande tribulação".

Essa deve ser a mais "defendida" de todas as interpretações. Digo "defendida", entre aspas, por essa ser a mais usual em igrejas que não se sentem na necessidade de aprofundarem-se no livro de apocalipse, sobretudo pelo fato de pensarem que serão arrebatas antes de qualquer coisa pesar pro lado deles. No entanto, e isso eu considero algo engraçado, os pré-milenistas (os de fato) são os que mais se preocupam com o que se pode acontecer nos últimos dias. Em relação aos dispensacionalistas, sobretudo pelo fato de acreditarem em um rapto iminente, isso ainda é mais visível, é um pensamento "adrenalizante", seus adeptos e estudiosos vivem com o frio na barriga de deixar esse mundo miticamente de uma vez por todas, ou seja, o seu otimismo está na vinda de Cristo ("Maranata!").

É uma faca de dois gumes, pois os dispensacionalistas acreditam em coisas, devido à sua literalidade na interpretação, que são as maiores causas para o deboche alheio (para mim mesmo há coisas absurdas), e no que tange o segmento clássico pode ser ainda pior pelo fato de acreditarem que a vinda de cristo será emendada com o milênio, o que pode dar na doutrina do "derramamento do espírito" antes do início deste, os fazendo aceitar a manifestação do cisto cósmico como início do milênio, enquanto é na verdade o reino da besta do abismo.

Amilenismo

Os amilenistas, embora já na tradução do termo encontrarmos a afirmação "não há milênio", são os que mais acreditam no milênio (What?). Tanto são os que mais acreditam nele que acreditam inclusive estarem vivendo no mesmo! Para o amilenismo, os mil anos o qual o livro de apocalipse 20 relata é uma figura para representar o ciclo que se iniciou com a vitória de Cristo na cruz até a sua vinda gloriosa e visível à todos. Essa é a corrente que este blogue segue em relação ao milênio.

Para amilenistas, Satanás foi preso (expulso do céu) com a vitória de Cristo na cruz e "está sendo solto" à medida que a apostasia toma conta de todo o meio cristão. A vinda de Cristo é então o fim da história da terra, não havendo um reino físico de Cristo aqui. Essa interpretação é um escudo para quem não conhece a Ordem Mundial de Baha'u'llah, pois por não esperar que essa terra seja agraciada com um reino físico de Cristo, os adeptos do amilenismo (pelo menos os que se manterem firmes) não serão "apanhados pela rede varredoura" do anticristo pela promessa do "reino de Deus na terra".

Esses, porém, são os mais pessimistas, pois acreditam estar vivendo nos últimos dias da anunciação do evangelho e que a apostasia não vai diminuir, ao contrário, irá crescer até não sobrar ninguém (ou quase ninguém) que creia na sã doutrina. Pode causar um relaxamento na questão de não se importar com o livro de apocalipse, pois o que acreditam hoje não está muito distante do que se cria um tempo atrás (não sente a necessidade de se situar em relação a quão próximo está o reino da besta), fato que talvez tenha feito o amilenismo perder muitos possíveis adeptos ao longo dos últimos anos.

Pós-milenismo

Amilenismo e pós-milenismo NÃO SÃO A MESMA COISA! Mas muitos os confundem erroneamente pelo fato de os dois defenderem que a vinda de Cristo vem pelo fim do milênio, PORÈM o cenário que isso se desenrola é totalmente opositório em relação de um para com o outro. Como vimos, o amilenismo defende o fim da pregação do evangelho. Já o pós-milenismo defende o progresso em relação a pregação da palavra. Essa interpretação é a menina dos olhos da Ordem Mundial de Baha'u'llah, não há interpretação que mais leve igrejas a aceitarem o progresso (acarretando na era dourada) defendido por esquerdistas, pela ONU e consequentemente pela fé baha'i.
Poucas pessoas deixarão de reconhecer que o Espírito insuflado no mundo por Bahá’u'lláh, Espírito esse que está se manifestando em graus variados de intensidade, mediante os esforços conscientes de Seus declarados apoiadores e, indiretamente, através de certas organizações humanitárias, jamais poderá penetrar no gênero humano e exercer uma influência duradoura, a não ser que, e até que, encarne em uma visível Ordem portadora de Seu nome, integralmente identificada com Seus princípios e funcionando de conformidade com Suas leis…” ( do livro: A Ordem Mundial de Baha’u’llah)
Ganhou força no século XIX (paralelamente ao inicio da era baha'i), período em que a humanidade se enchia de esperança com o avanço científico e no campo religioso pelo fato de igrejas estarem sendo fundadas por toda a parte do globo, aqui mesmo no Brasil: Metodista, Batista, Presbiteriana, Adventista, sem falar que muitas delas (senão todas) com missionários intrinsecamente ligados à lojas maçônicas. Há literatura sobre isso.

O erro de muitos é considerar que as duas grandes guerras acabaram com essa esperança mistica de pós-milenistas em que todos os habitantes da terra alcançarão a paz e adorarão o Rei dos Reis. O otimismo desse grupo está em "fazer desse um mundo melhor", fazer um reino de Deus construído por mãos humanas. Mãos essas que nem cristãs precisam ser, basta ter o mesmo objetivo. 

Enquanto pré-milenistas são os que mais se preocupam com os últimos dias, no sentido de encaixar quem é quem nas profecias, os amilenistas os mais preguiçosos do tema, os pós-milenistas no entanto são os que mais rejeitam qualquer tentativa de apontar uma luz no cenário final, rejeitam toda e qualquer coisa que denominam "teoria da conspiração", não importando se quem diga seja um blogueiro não conhecido ou o próprio George Bush. Para tais tudo é motivo para ver com bons olhos e acreditar que tudo vai dar certo no final.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A personificação do número de bahá


Em 2003 a cantora francesa Alizée gravou o videoclipe de sua música J'en Ai Marre ("Estou Farta"). O videoclipe consiste em um cubículo de vidro no qual Alizée está em seu interior, com espaço o suficiente para se mover nele. Se resumisse a ideia inaugural que senti ao ver o vídeo, diria que está em algo em torno de "O homem preso às futilidades".

Para começar a explicar o que me levou a tal compreensão, ponho um destaque inicial à foto acima. O olho que está em evidência é o direito. O olho possui um simbolismo dual, pode significar tanto o olhar espiritual e sensível às coisas abstratas (quando o esquerdo ou envolto de uma pirâmide), mas pode significar também o oposto disso, o olhar meramente ao concreto, ao que é físico e palpável (olho direito), que é o caso da nossa personagem.

Outro fator está em suas próprias palavras "J'ai la peau douce/Dans mon bain de mousse" ("Eu tenho pele macia/Na minha banheira de espuma"). A pele representa a proteção ou escudo do "eu interior" e serve como uma fronteira física, a intérprete da música dar ênfase então em sua pele representa a superficialidade das ações de quem está preso na caixa, que é uma referência à própria realidade. A espuma dá a mesma impressão, do belo e vistoso, mas sem conteúdo espiritual.

O refrão da música nos passa a ideia gnóstica do "estrangeiro". O "estrangeiro" é aquele que não se adapta[1] ao mundo, família ou sociedade em que está inserido. No refrão a personagem afirma a cada frase que está farta de como as pessoas a sua volta vivem de forma depressiva, vagarosa e lamentável. E não só. Está farta inclusive de estar farta. Mas, diferentemente do "estrangeiro" gnóstico que têm por objetivo apenas "retornar ao lar" (os incomodados que se mudem), o teor de insatisfação na letra nos passa a ideia de que a personagem quer que o meio em que ela está inserida mude. Acredito que isso represente o estado do cidadão global ante a Nova Ordem Mundial, em que ele sinta que "é necessário uma mudança brusca" e sobretudo se veja nessa conquista de um novo mundo.

Ao admitir que a intérprete representa o estado do cidadão global e se você tiver clicado no link para ver o vídeo (clique em "o videoclipe" na primeira linha) já deve ter percebido que o traje vermelho (Dragão vermelho?) da personagem contém um expressivo número de bahá (o que torna a interprete quase que a própria personificação desse), podemos imaginar então que já é um estado avançado em relação à Ordem Mundial de Baha'u'llah. Mas ainda representa o estado do peregrino que está sendo moldado, pois mesmo marcado internamente (consciente e agente do progresso) permanece com atitudes típicas de quem não tem conteúdo espiritual como foi apresentado no terceiro parágrafo. Sendo assim podemos resumir outra vez a ideia principal do videoclipe em "O homem preso às futilidades prestes a reconhecer a obra admirável". Com obra admirável me refiro aos Sete Vales, os sete trovões que guiam a humanidade ao reconhecimento do cristo cósmico Baha'u'llah.

No meio do vídeo o vidro se rompe por poucos segundos. É apenas para dar a ideia que o estágio primitivo (6) já foi superado, o cidadão global está livre, porém permanece na caixa para ser continuamente moldado. A água foi o simbolismo que utilizaram para passar a ideia de moldagem pelo fato dessa agir naturalmente, a água molda montanhas e relevos de forma natural, seja pela chuva ou por rios. A humanidade caminha naturalmente (pelo menos do ponto de vista dessa, já que ela não vê os agentes da mudança) para o reconhecimento do cristo cósmico. Para o fim do vídeo a cantora já até olha entre suas mãos fazendo um formato triangular para fora do vidro, ou seja, uma avanço no âmbito espiritual.

Em suma, age nos filhos da perdição desses últimos dias algo que podemos chamar por espírito ou sentimento que sobre si já carrega a marca da besta, o qual é o responsável por seduzir a humanidade para mais próximo da Nova Ordem Mundial e seus princípios anticristãos.

[1Uma das características da mente gnóstica moderna é a constante insatisfação com a realidade que se traduz em uma perene tentativa de escapar à realidade. Normalmente, o drogado mete heroína na veia para fugir à realidade; o gnóstico revolta-se sistematicamente contra a realidade, seja ela qual for…

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A inclusão da igreja no debate capitalismo x socialismo

Quando escrevi "A construção de um reino de Deus na terra e a marca da besta" fui indagado em que momento se encaixaria a questão de "comprar e vender" que a marca da besta carrega consigo. Eu não me preocupo muito em falar sobre isso porque vejo sobretudo uma marcação acontecendo na vida espiritual do cidadão global, além de que uma análise tendo por vista apenas o "comprar e vender" foi o pivô para o surgimento de teorias estapafúrdias, como por exemplo a de que um chip será implantado como a marca da besta, como até hoje se vê alguém fazendo alarme a respeito. Mas é inevitável não percebemos que o atual papel da igreja para com o mundo está sendo um fator importante para o surgimento também de uma marca em que se possa "comprar e vender".
 
O que me fez escrever a respeito foi este artigo que trata de algumas declarações do Papa Francisco em relação ao "capitalismo" e que, devido isso, o mesmo está sendo acusado de ser "marxista" por alguns "ultraconservadores". É fato que conservadores da ICAR estão afirmando desde o início de seu pontificado que Francisco tem um discurso que, no mínimo, possui um 'teor' marxista. Mas, de todos as críticas de conservadores que acompanhei até aqui, nenhuma delas se fez valer para tal afirmação tendo em vista declarações do Papa a respeito do capitalismo. Ante isso, pude perceber que todas as críticas estão sendo feitas em relação às crenças da própria Igreja Católica a qual vem conservando há séculos (muito antes do despontamento do capitalismo) que Bergoglio vem passando por cima.
 
Como exemplo deixo aqui as críticas do conservador católico português Orlando Braga, o qual fiz questão de colocar à direita da tela, nas opções "Páginas Recomendadas", para que o leitor do blogue possa ficar à par da relação do Papa para com a própria Igreja Católica. Em nenhuma das postagens em que o autor afirma que o papa está com discurso marxista, ele o faz em defesa do capitalismo.
 
Eu vejo um papa que está sendo tido como sensato por pessoas de fora da ICAR, mas que não estão nem um pouco se quer preocupadas com esta. Essas pessoas veem o mundo do modo como acostumou-se o ver a partir do século XX, com um olhar materialista.Sendo assim, se a igreja (não só a católica) quiser participar da "vida lá fora", deve vir de modo a contribuir não na questão espiritual/ética, já que todos estão envoltos dos princípios que tem por fim a "inclusão" e entendem que a igreja "exclui", mas deve vir abraçando esses mesmos princípios que se resumem em ter uma visão do sistema econômico vigente como o causador de todos os males humanos e por fim lutar pela implantação de um paraíso socialista, que só não é chamado de divino em respeito a ateus em razão da fala politicamente correta.
 
Como pontuei nesse artigo: "o terceiro grupo [Socialismo], que nasceu em oposição ao capitalismo do imperialismo babilônico [americano] (dualismo necessário 6X9), [para que] preparasse o caminho de maneira ao último grupo [a ONU e os princípios de Baha'u'llah] entrasse em pleno vigor." Se faz necessário então dividir as ações de todas as instituições do mundo (e a igreja como uma) no campo materialista, que no caso em análise foi desconsiderar as criticas ao papa em relação a sua posição doutrinária (que de nada servem ao mundo, que inclusive tenta aboli-las) e considerar apenas as que estão no âmbito econômico. Perceba que no próprio texto da Revista Fórum, que me incitou a criar esse post, apresenta os críticos de Francisco oriundos do EUA, ou seja, a tentativa da imprensa em mostrar o cenário apenas se baseando na materialidade do assunto é bem perceptível de modo que vemos no texto a ideia de que os EUA são um atraso ao progresso (e os dez chifre odiarão a prostituta Ap 17:16). Nesse caso exclui-se o termo "comunismo", que é o objetivo do socialismo, e coloca-se em seu lugar o termo "progresso", pela mesma maneira como trocou-se na ONU o termo "metas" por "objetivos", ou seja, um afrouxamento em relação ao futuro, e a permissão para que possa ser implantada então a Ordem Mundial de Baha'u'llah.
 
Mas qual a relevância de tudo isso para a questão do "comprar e vender"? Ao admitir que a marca da besta está sobretudo no campo ético/espiritual do cidadão global, vemos justamente que é esse sentimento inaugural que o faz sentir a necessidade de se preocupar com as questões econômicas. O reino de Deus para os marcados da besta é um reino terreno, evolutivo - está em progresso - e que parte da relação do homem para com o próprio homem, relação essa que é a base da religião social.
 
Apesar do post partir de uma análise feita da Igreja Católica, no título coloquei simplesmente "igreja" por entender que esse não é um processo de exclusividade da ICAR. Para entender basta vermos a briga constante entre os blogues Júlio Severo e Genizah e suas defesas às teologias respectivamente da Prosperidade e Missão Integral, que a grosso modo pode ser entendida como teologias de correntes capitalistas e socialistas, também respectivamente.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O saber, a dúvida e a revelação do Iníquo

E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. 2 Tessalonicenses 2:6

 
Partindo da ideia pela qual creio que o que detém o surgimento do iníquo é aquilo que sabemos, o cenário global nesses últimos dias é, então, o da falta de conhecimento. Não o conhecimento científico, tecnicista ou tudo que está neste âmbito. Mas o conhecimento que está para além das aplicações práticas nessa vida, o mesmo conhecimento a qual encontramos nas palavras de Oséias.
Ouvi a palavra do SENHOR, vós filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus. O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. Oséias 4:1. 6
 
Essa passagem que se dirige em seu tempo a Israel que mais uma vez se esquecera de Deus e seus mandamentos, hoje pode ser facilmente aplicada à Igreja, sobretudo a que desponta nesse tempo de apostasia ante à vinda de Cristo. Para entendermos que o iníquo surge a partir de um cenário de apostasia da igreja, vejamos abaixo estas palavras do próprio Jesus no evangelho de Mateus.
 
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. Mateus 7:22-23
O instrumento que nos passa esse conhecimento é a palavra de Deus, no tempo de Israel era a lei dada por Moisés e os profetas, no tempo da igreja é a graça de Cristo. Temos assim as duas alianças de DEUS para com a humanidade, as duas oliveiras que estão diante do Deus da Terra.
De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. Romanos 10:17
A certeza da vitória de Cristo na cruz, que é o testemunho dos dois testamentos que a Bíblia traz consigo, é obtida através da fé, que por sua vez é obtida pela própria Palavra. Nessa caminhada por vezes podem surgir dúvidas a respeito da veracidade dessa palavra e, consequentemente, pôr a nossa salvação em cheque. Não que a dúvida gerada te faça isso, porém quando a dúvida supera a crença, tendo em vista que a salvação vem inteiramente por meio desta, aí abriria a possibilidade para a "perda da salvação". Isso em termos individuais acho difícil acontecer, pois o plano de Deus é que nenhum dos eleitos se perca.
E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. João 6:39
Mas quando estamos tratando não do indivíduo mas do coletivo, essa questão da 'dúvida' é um ponto pelo qual uma denominação pode facilmente caminhar para a perdição. Isso acontece quando se coloca a 'dúvida' como a engrenagem que te leva ao conhecimento de Deus, não a dúvida em relação ao que diz a Palavra, mas a dúvida existencialista. Essa dúvida (uma palavra feminina) assume o papel gnóstico de Sophia que te leva ao conhecimento de Deus (Gnose). Nesse caso assumi-se a ideia errônea de que o homem acha a Deus, enquanto que na própria vinda de Cristo à terra é uma prova de que é Deus quem procura o homem.
Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis.Não há quem faça o bem, não há nem um só. Romanos 3:10-12 
 
Essa 'dúvida' é a base principal para que seja aplicado em escala global o princípio de número seis dos doze princípios sociais da Nova Ordem Mundial de Baha'u'llah: a independente busca pela verdade. Aqui o cidadão global se vê livre da necessidade de seguir qualquer religião, alcançando uma visão ampla de todas elas de modo a, por si só, alcançar a verdade, que neste caso se torna relativa ao sujeito. Em outras palavras, o cidadão global está sendo "posto na areia do mar" para ver o levantar da Besta que está a emergir, em teoria ela já existe, mas na prática ela passa a existir somente quando todas as cabeças estiverem em ressonância, todas presas e firmes no corpo. Dessa maneira é mais fácil de aceitarmos sete caminhos diferentes a um só, a perdição. A ideia é fazer um hibridismo religioso para que se aceite a noção de uma revelação progressiva que culmine na exaltação do oitavo rei.
 

sábado, 21 de dezembro de 2013

Lilith, a prostituta que monta a besta?

Achei por acaso na internet este estudo postado na última terça (17) que aponta Lilith como a prostituta que monta a besta em apocalipse 17. Eu ia escrever a respeito ainda em setembro, mas mão tive tempo e acabei por deixar de lado, mas essa (de lilith ser a simbologia mais eficaz para a prostituta) é uma conclusão que chegamos através da série NOVE - O Código. Ou ainda, bem antes disso, quando por vídeo faço uma associação da figura de Lilith na série Supernatural com a ação estadunidense na Ordem Mundial de Baha'u'llah, e também na análise da música Reason Dies.
 
O que torna a figura de Lilith a mais eficaz de todas as representações pode ser apercebida no último versículo do capítulo 18. Mesmo hoje os EUA sendo, em uma análise material, a "grande cidade que reina sobre os reis da terra" (ver diferença entre nação e cidade), sabemos que os EUA não existem desde a fundação da terra, e por isso não pode possuir sobre si o sangue de todos os que foram mortos sobre essa desde a sua fundação.
E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra. Apocalipse 18:24

 
Quem mata desde sempre é a serpente, mas a autoridade americana e sua hegemonia sobre a terra durante o período de poder da ordem material (ver transição para espiritual) existe através dos pais dessa civilização, a sua magia e a sua forte imagem atrelada a deusa Lilith.    
 
Mas a serpente não é Satanás? Existe uma dualidade nessa questão, e a maior representação dessa dualidade está na figura de Baphomet, tanto é que para a representação do pentagrama invertido, a cabeça de bode, usa-se a união dual (porém una, tendo em vista que têm o mesmo intento, a revolta contra DEUS) de Lilith e Samael. (Ver: Para entender a inversão polar)
 
Voltando ao cenário mundial, vemos que os EUA recebe a representação feminina (Semíramis, Isis) enquanto a Inglaterra (terra agraciada com o futuro executivo mundial) representa a figura masculina (São Jorge, Tammuz). Com o mínimo de História se sabe que EUA vieram da Inglaterra, nisso vemos que as duas representações estavam eu uma só, porém os EUA se separaram da Inglaterra e alcançaram a "liberdade" (Marianne - mais uma representação da rainha dos céus). Em outras palavras temos a mesma história que conta o mito de Lilith, em que essa, cansada de se submeter, se separou de Adão e hoje representa um símbolo de liberdade para feministas mundo a fora.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Sobre o Natal

Não vou aqui explicar a origem pagã do natal, até porque você pode tomar por base muitas civilizações que o comemorava (babilônicos, escandinavos, etc.) e isso é facilmente achado na internet.  O natal existe desde sempre e não vai acabar até que Cristo volte, a diferença está na representação que a cada época é dada sobre esta festividade (no futuro a Baha'u'llah). Então não adianta você virar um ativista contra o natal, se você quiser alertar alguém sobre a origem deste, fale apenas para quem está interessado em ouvir.
 
Mas hoje parece que as pessoas estão informadas em relação a origem do natal e com isso há quem o defenda e há quem o abomine, mas o que deve ser abominado por nós é o culto em torno dos símbolos natalinos. Semana passada fiquei meia hora preso no trânsito em um trajeto que não levava dez minutos de carro, tudo por conta de estarem colocando luzinhas natalinas em frente aos prédios.
 
E em relação a lembrar dessa data como nascimento de Cristo, não conheço ninguém que faça isso. Nunca vi ninguém tirando o dia para fazer uma reflexão do nascimento de Cristo, senão pelas cantatas que as igrejas fazem ou qualquer outra festividade dentro dos templos. Por que haveria um dia em que seria necessário lembrar do nascimento de Cristo se dependo de pastor, templo ou outra coisa que me obriga a fazer essa reflexão?
 
Não participo de nenhum debate em torno de quão pagão o natal é, não vale a pena. O mais sábio a se fazer é ignorar o natal, esquecer não é possível já que nenhuma loja quer perder as vendas de natal (mesmo que o dono seja ateu), nenhum produto deseja deixar de se caracterizar dos símbolos natalinos. Encare como mais um feriado (como da padroeira do Brasil). Mas é claro que ninguém vai ao inferno por participar de uma celebração no dia 24 ou 25 ou 26, enfim...
 
Assim como acho que é tolice alguém que "descobriu que Jesus não se chama Jesus" e a partir de então tem pavor em pronunciar tal palavra, também acho tolice alguém que "descobriu que Jesus não nasceu em 25 de Dezembro" e desde então tem pavor dessa data, tem medo de estar adorando deus Mitra, Dionísio ou Papai Noel, e quando alguém o deseja um feliz natal pensa que está sendo amaldiçoado.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A Personalidade do ano

Dois dias após o Cardeal Bergoglio ser nomeado Papa Francisco escrevi este artigo em que aponto uma figura mais conservadora como aquilo que ligaria católicos e evangélicos em um futuro Parlamento das Religiões. Mas com dois dias de papado não se é possível conhecer um Papa e assim como o fato de Bergoglio não ter sido uma das figuras centrais cotadas para ser pontífice, por ser alguém discreto, em seu pontificado continua com essa mesma linha.
 
O papa que recebeu "pastores profetas", dialogou com o Oriente, fez a alegria de teólogos da libertação, é a personalidade do ano não por tudo isso, mas quem o coloca assim é justamente aquilo que é o centro da discussão do artigo que citei de início, o movimento gayzista internacional, Se em meu artigo digo que "um papa contra o homossexualismo é bem mais lucrativo (no sentido de conquistar os fiéis) para a nova ordem mundial" agora reformulando essa frase diria: um papa que não se sabe ao certo sua posição a respeito do homossexualismo é bem mais lucrativo (no sentido de conquistar a todos) para a nova ordem mundial.
 
O Papa Francisco foi considerado a personalidade do ano pela revista gayzista The Advocate com direito até a ter um "NO H8" na face. Assim além de católicos que jamais ousariam questionar um papa, alguns evangélicos, o Papa Francisco ganhou a simpatia também do próprio movimento gayzista.
 
 
Digo "católicos que jamais ousariam questionar um papa" porque sei de católicos que questionaram e chegaram a uma conclusão de que este papa é um apostata e herético (dentro das considerações católicas claro, para tais até eu o sou). Porém esses são os mais conservadores, os quais estão a desaparecer aos poucos, e à mesma medida que estão a desaparecer, a besta está a subir do abismo.
 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Professias e apostasia



Esse é um vídeo muito tosco, se você considera seu tempo muito precioso é melhor nem assistir, mas sobretudo a partir de 4 minutos quando se fala da volta de Cristo é onde pega no nosso pé e é interessante fazermos uma reflexão. Zombadores da fé existem desde os primórdios da Igreja, mas perceba que tudo o que é motivo para zombaria nesse vídeo é também tudo aquilo que estamos lutando contra, que são as interpretações do número da besta e os falsos sinais (a materialização) da vinda de Cristo.
 
Não pense que Deus há de julgar a terra por causa de pessoas como essa, na verdade essas pessoas já são o julgamento de Deus para a igreja apostata, pois perceba que no vídeo a igreja retratada é a mais distante da palavra e é também a referência para quem não conhece a verdade. É por isso que Deus enviará a operação do erro, para que creiam a mentira.
 
Quem zomba da fé tem um amplo apoio dessa sociedade que está se erguendo, ou seja, não fica sozinho. O mesmo acontece com a igreja apostata, pois essa também possui muitos defensores, ou seja, quem é vilipendiado com tais zombarias ainda sim consegue um sustento para a sua fé, por mais distante da palavra que essa seja.

Nós (os que conhecemos a verdade) ficamos na pior posição, pois somos vilipendiados de um lado por zombadores que não fazem questão de diferenciar quem crê na bíblia e quem crê em cães gulosos, e por outro lado somos rechaçados pela igreja apostata devido ao fato de não concordar com seus atos, acusando-nos ainda de "sentarmos na roda de escarnecedores". Ainda mais pelo pouco número que somos e, por cima espalhados, distantes um do outro, cada um vivendo e alimentando sua fé com o pouco de pão que resta nesses últimos dias... Se não for pela vontade de Deus fica muito difícil alguém por conta própria conhecer a verdade, pois antes tem que quebrar a dura crosta que a igreja apostata formou para com essa.

Para agravar a situação ainda encontro na internet um filme que satiriza a escatologia que crê no rapto dos fiéis e no milênio (apesar de eu não acreditar), típica nos Estados Unidos até pouco tempo atrás e que hoje não é outra coisa senão um roteiro mal produzido de uma comédia sem graça.

domingo, 15 de dezembro de 2013

A revolução tecno-científica: da interação com o macrocosmo ao microcosmo

A Revolução Técnico-científica-informacional ou Terceira Revolução Industrial ocorreu na segunda metade do século XX com a chegada de inúmeras inovações tecnológicas. Como um reflexo direto dessa revolução temos hoje os dispositivos móveis, tais como tabletes e smartphones, cuja a interação com estes se dá de modo a fazer com que a tecnologia nessa era passasse a desempenhar uma papel de extensão do mundo particular (particular até certo ponto) do usuário, ou seja, podemos dizer que essa nova relação desenvolve o envolvimento do homem para com o seu microcosmo, quando este se transmuta para a interface desses aparelhos.

Antes que ocorresse tal revolução, a tecnologia parecia estar entre nós para que explorássemos o macrocosmo, algo que podemos perceber no fato de pouco antes dessa revolução ganhar gás, mais precisamente no ano de 1969, o homem teria chegado à Lua. A expectativa de desvendar os mistérios do universo estava à flor da pele nos ser humano, isso inspirou o nosso imaginário de um futuro altamente tecnológico em que poderíamos usufruir de toda sorte de ferramentas que nos proporcionaria uma maior interação com o meio, tanto na relação homem/homem e homem/natureza.

Mas o que vemos hoje é um pouco diferente do que se imaginava, a interação que vemos não se dá em um mundo real virtualizado, mas em um mundo virtual que é tido como real. Essa virada na polaridade da situação estaria de acordo com os planos de ordem espiritual superior que estariam sendo o pivô para o desenvolvimento da humanidade, para que essa ingresse na comunidade planetária. Traduzindo, esse é um passo importante para que se aceite de fato uma divindade neo-pagã no âmbito tecnológico e seus espíritos guias, em que a divindade pela necessidade da materialização que hoje o "crente" pede estaria no campo do macrocosmo, no visível, como a tecnologia Blue Beam. E seus espíritos guias dando-se através da interação com o virtual, pois nele o ser humano consegue suprir suas carências emocionais e se ver preso a consulta desses em todas as áreas da sua vida. Nesse caso tais dispositivos seriam os daimons do século XXI, sendo aquilo que se está entre deus e o homem e proporcionando essa ligação, principalmente se surgir a necessidade de identificação humana para com a comunidade planetária, em que seria preciso todos os habitantes da terra portar um símbolo altamente sofisticado tecnologicamente.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Uma lógica que eu não consigo entender

E ouvi o número dos selados, e eram cento e quarenta e quatro mil selados, de todas as tribos dos filhos de Israel. Apocalipse 7:4
 
Em apocalipse 7 João tem a visão de 144 mil selados das tribos de Israel, sendo que o próprio também ouviu, inclusive, de que tribos tais selados seriam. Para muitos estes são os remanescentes que estariam sendo poupados para a restauração de Israel e que seriam salvos durante o período entre o arrebatamento da igreja e o milênio, que segundo os mesmo se dá em um período de sete anos.
Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; Apocalipse 7:9
 
Depois da visão dos selados de Israel, João vê ainda  "uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas".
E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Apocalipse 7:13-14
Essa multidão seria segundo teorias aqueles que conseguiram resistir ao anticristo durante o suposto mesmo período em que os selados estariam sendo preservados.
 
Quer dizer então, pelo que pude presumir dessas considerações, que durante um período de sete anos, aliás três anos e meio (pois seriam três anos e meio de paz e três anos e meio de desacordo), seriam salvos, além de (no mínimo - se você considerar esse número literal) 144.000 só de Israel, mais uma multidão em todo o mundo que conseguiria resistir ao anticristo. Aí eu te pergunto: para que serve a Igreja? Por que estamos durante dois mil anos com o agir do Espírito Santo tentando buscar almas? Se em um período que corresponde a menos de 0,2% desse mesmo período haveriam de ser salvo tanta gente e sem a presença do Espirito Santo como predizem.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Por que eu não acredito em um arrebatamento secreto da igreja

Além de expor o que está no título, esse post servirá como uma espécie de retrospectiva.

Eu, ao dar início a esse trabalho era adepto da ideia de um arrebatamento da igreja antes da vinda triunfal de Cristo. Porém, ao longo das minhas mais de cem postagens neste blogue durante o ano, percebi que sustentar essa ideia de um arrebatamento invisível era contradizer, em muito, tudo o que aqui era exposto. Para demonstrar aos leitores, venho fazer um panorama que justifique a minha descrença a um arrebatamento secreto, exemplificando com os meus próprios verbetes, e com a própria bíblia como apoio principal.
 
1º Os adeptos de um arrebatamento secreto se baseiam principalmente na velha contagem de sete anos de grande tribulação, sendo que o que separaria os supostos dois períodos de três anos e meio seria o arrebatamento. Em julho expus minha opinião contrária em relação a esta forma de contagem:
 
 
2º A segunda base de sustentação da tese do arrebatamento invisível está na crença das setenta semanas encontradas no livro de Daniel. Em maio me posicionei a respeito do livro de Daniel ser sobretudo para a nação de Israel, em que devemos discernir com precisão aquilo que vale para tal e aquilo que vale para o todo.
 
 
3º Dos que defendem o arrebatamento da igreja antes da vinda de Cristo o fazem em sua maioria se baseando em uma visão extremamente futurista dos acontecimentos descritos neste livro, algo que em outubro tratei de ir contra, alegando que o apocalipse é uma revelação, aliás esse é o seu significado, mas uma revelação para trás e para frente, e não tão somente para frente.

http://blogestaporvir.blogspot.com.br/2013/10/antes-de-tudo.html

4º Essa abordagem totalmente futurista se dá principalmente em cima do capítulo 20 do livro, que ao meu ver é uma narrativa histórica da era de Cristo até a soltura de Satanás, como em maio abordei. Ai quebro a lógica de que existam pessoas que resistiram a uma tribulação enquanto outras foram livradas da mesma, pois coloco todos os cristãos, desde os da igreja primitiva, em um mesmo patamar.

http://blogestaporvir.blogspot.com.br/2013/05/estudo-sobre-apocalipse-20.html

5º O maior motivo por rejeitar a ideia de um arrebatamento invisível é que a literatura referente a esta vertente de pensamento dentro das igrejas modernas é arquitetada de modo a criar uma relação  para com seus adeptos de controlerecompensa. O controle está no fato de uma possível volta de Cristo a qualquer momento e a necessidade da pessoa "vigiar e orar" para essa não "ficar", sendo a igreja o órgão que fiscaliza de acordo com suas diretrizes que, ao admitir o quadro de apostasia da mesma no atual cenário, nem de longe recebe o mesmo teor da advertência de Cristo. A recompensa está na ideia de poupar o colaborador da igreja do "terrível período de grande tribulação e perseguição pelo anticristo sobrenaturalmente maligno".

Esse é, de fato, o principal ponto: o da apostasia. Quem defende um "rapto iminente" se faz valer do fenômeno de um arrebatamento da massa cristã no planeta, mas que massa? Essa música abaixo mostra o que o bolo evangélico acredita ser o apocalipse. Quando escrevi "As crianças e o arrebatamento" foi em cima da ideia de que, mesmo se todas as crianças do mundo fossem arrebatadas, ainda assim não seria o suficiente para haver uma comoção como se é formulado no imaginário cristão, a qual é sustentada pelas empresas eclesiásticas, músicas como essa e filmes como "deixados para trás".
 


Em relação à manifestação do iníquo, e a nossa reunião com Cristo (II Ts 2) é simples:
 
A apostasia abre caminho para o surgimento dos anticristãos, como coloquei em:
 
 
Isso acaba por criar um mundo sem fé, inclusive dentro do próprio meio cristão como pontuei em:
 
Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? Lucas 18:8 


Em um mundo que não há a fé que salva, nós cristão não nos encaixamos e acabamos sendo expelidos do meio e perdendo qualquer relevância. Sem relevância perdemos a capacidade de anunciar a palavra, isso é o que apontei como sendo a morte das duas testemunhas. Aliás, no livro de apocalipse a única passagem que mais se aproxima do que chamam de arrebatamento está naquela em que as duas testemunhas são chamadas para cima, e não há nada de secreto em "os seus inimigos os viram". Perceba que este acontecimento se dá anteriormente ao sétimo anjo (não confundir com a teoria adventista) que toca a sétima trombeta anunciar "os Reinos do mundo passaram a ser do Nosso Senhor e do seu Cristo".
 
 
O que é essa voz senão a voz do próprio Cristo que há de nos chamar em sua vinda? Se, e somente se, alguém porventura estiver vivo nessa ocasião, esse sim será arrebatado em vida, porém a grande maioria esmagadora estará morta sem sombra de dúvidas.
Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. 1 Tessalonicenses 4:16-17
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. João 6:54 
Devemos lembrar que "dia" para DEUS não possui limites de 24 horas, mas "último dia" se refere ao último acontecimento antes do julgamento final. a Voz de arcanjo está estreitamente relacionada a passagem de Daniel 12, em que Miguel* o arcanjo aparece no momento em que "os que dormem no pó da terra ressuscitarão".
 
Miguel* - Perceba que é Cristo visto da perspectiva de Israel, com a limitação da época, o que está de acordo com o que disse outrora a respeito de saber lidar com o livro de Daniel.
 
E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno. Daniel 12:1-2
 
 
 A trombeta da salvação
 
Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 1 Coríntios 15.52
 
Há na internet um estudo de um site apologético de prestígio, a CACP, em que coloca essa trombeta como sinônimo para anunciação do evangelho:
A dispensação da anunciação do Evangelho da graça começou com uma “trombeta” e terminará com uma trombeta. [...] podemos dizer que a pregação do Evangelho “repercutiu”, “ressoou” ou foi “trombeteada”.
Em minha análise considero o número de duas testemunhas como algo que simboliza o mínimo de anunciadores da palavra no últimos tempos.
 
 
Assim sendo, a última "trombeteada" não pode ser nada senão a última anunciação do evangelho pelas duas testemunhas.
 
Mas o erro que vemos nesse mesmo estudo da CACP é absurdo, quando encontramos "Depois do arrebatamento virá o opressor, o anticristo". Isso está em contradição total à passagem de II Tessalonicenses 2.
Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição. 2 Tessalonicenses 2:3
 
Aqui fica claro que antes de nossa reunião com Cristo virá o opressor, ou seja, não pode haver arrebatamento se não houver a manifestação do filho da perdição, principalmente pelo fato dele ser o responsável pela morte das duas testemunhas.
E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará. Apocalipse 11:7
Com o testemunho finalizado, ou seja, com o evangelho do reino sido pregado em todo o mundo, então é o fim.
E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. Mateus 24:14

sábado, 7 de dezembro de 2013

Reencarnação, a prisão do espírito e a revelação progressiva, unidos pelo número 9

A reencarnação é uma doutrina presentes em muitas correntes místicas. A maioria delas assume a ideia de que reencarnar é preciso para que haja um efeito progressista de elevação do espírito do homem a cada estágio em que essa pessoa passa, até que se atinja um determinado nível de ascensão do espírito que não seja mais preciso reencarnar em corpo terrestre. Porém existe também a perspectiva gnóstica da reencarnação, a qual acredita que o processo de reencarnar, sobretudo no fator "amnésia em relação às vidas passadas", não seja nada além de mais uma das armadilhas da realidade criada por Demiurgo, o deus responsável pelo mundo físico, para manter o espírito humano preso.
 
O responsável por fazer a conexão entre a teoria da reencarnação e a teoria baha'i de revelação progressiva, que aqui será apresentada, foi o filme "Número 9" ou, em inglês, "The Nines".
 
O filme mostra diferentes histórias com os mesmos atores desempenhando papeis independentes nessas, porém havendo uma sincronia e uma ligação entre as mesmas, fazendo com que existam padrões nas narrativas, dando ênfase na presença do número nove, aparecendo várias vezes ao decorrer de todas as histórias.
 
Para entender o papel que o número nove desempenha no enredo do filme, devemos lembrar antes que para uma perspectiva gnóstica e esotérica em geral, os números são algo que existem para além de suas aplicações práticas na terra. Recorrendo a ciência platônica, vemos que a geometria foi a ferramenta utilizada para a organização do mundo dos sentidos, o mundo físico, por uma entidade superior, Demiurgo. No filme, essa entidade, embora não seja retratada diretamente, recebe a conotação gnóstica que a coloca como malevolente, para passar a ideia de que os números, sobretudo o nove que está em evidência, são uma ferramenta que o homem pode e deve usar na luta contra essa opressão divina.
 
Para o gnosticismo, Demiurgo é o deus de Moisés, e consequentemente, apesar de alguns não considerarem, o Pai a quem Jesus fala, o nosso Deus Altíssimo. Entender que Deus é uma entidade opressora é cumprir o que está escrito em 2 Tessalonicenses 2: querer se colocar acima de Deus, julgando o que um deus deveria ou não fazer. Essas ideias gnósticas deveriam ir contra a Ordem Mundial de Baha'u'llah, já que Baha'u'llah afirma vir da mesma parte de Moisés e Jesus, ideia exposta através da revelação progressiva, que é uma ideologia da fé baha'i em que consiste na afirmativa de que todas as grandes religiões são provenientes de um mesmo deus, de maneira que a cada religião seu profeta maior foi responsável por portar a mensagem que era necessária ser transmitida, tendo em vista fatores como a época e a maturidade do povo receptor dos ensinamentos.
 
O que uniu os dois ensinamentos foi a maneira como o número foi colocado no filme, que é válida para a reencarnação gnóstica e a revelação progressiva: o número nove como símbolo para a finitude de estágios e libertação do homem. O número nove seria aquilo a que o homem deveria se apegar para conseguir a emancipação espiritual, seja através do reconhecimento do nome cristo cósmico Baha'u'llah, seja através do número de seu nome.

Outro elo que podemos notar é a presença feminina nas diferentes encarnações sempre a desempenhar o papel de levar o protagonista a entender a realidade que estava vivendo. É o mesmo papel de Sophia no gnosticismo, e da Donzela do céu a qual Baha'u'llah se refere como sendo a que o despertou para conhecer a sua missão.
 
Em suma, mesmo que crenças não cristãs pareçam ser opostas entre si, as duas acham um caminho que no fim de tudo derrapa no mesmo lago: a perdição.