terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Primeiro como tragédia, depois como corrente de Facebook

Uma das principais característica da mentalidade revolucionária, como já expliquei aqui, é o seu caráter teleológico, o deslumbramento da finalidade da ação, quer dizer, para a mentalidade revolucionária o objetivo é tudo. Nesse sentido, o meio, ainda que falseado, é fortemente cobiçado quando tem a oportunidade de produzir efeitos desejáveis, ou seja, quando o fim é alcançado, o meio cumpriu o seu papel.

Essa lógica é aplicada desde os genocídios comunistas às correntes de Facebook

Às 14h27, Leilane Neubarth noticiou – como se fosse real – um “protesto sensacional e silencioso” repercutido no Facebook durante o fim de semana.
Para dramatizar a aventura dos passageiros do metrô que cruzaram as pernas em solidariedade a uma criança oprimida pelo pai, a experiente jornalista fez uma leitura dramatizada, acompanhada pelo GC “Menino descruza as pernas após bronca e recebe a solidariedade de outros passageiros do vagão”. Só foi avisada do erro de sua produção minutos depois, quando o Twitter explodia. 
(Daqui
A produção de histórias de efeito, sobre casos reais ou inventados, naturais ou artificiais, são "meios" que produzem efeitos, o "fim", como a produção de debates e a promoção de uma ideia ou movimento, como nos casos de supostos ataques racistas quando surgiram diversos discursos de insatisfação. Depois, ao descobrirem que tudo não passa de um fato hipotético, sem perderem a pose, proferem: "o importante é o debate que foi levantado".