terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O saber, a dúvida e a revelação do Iníquo

E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. 2 Tessalonicenses 2:6

 
Partindo da ideia pela qual creio que o que detém o surgimento do iníquo é aquilo que sabemos, o cenário global nesses últimos dias é, então, o da falta de conhecimento. Não o conhecimento científico, tecnicista ou tudo que está neste âmbito. Mas o conhecimento que está para além das aplicações práticas nessa vida, o mesmo conhecimento a qual encontramos nas palavras de Oséias.
Ouvi a palavra do SENHOR, vós filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus. O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. Oséias 4:1. 6
 
Essa passagem que se dirige em seu tempo a Israel que mais uma vez se esquecera de Deus e seus mandamentos, hoje pode ser facilmente aplicada à Igreja, sobretudo a que desponta nesse tempo de apostasia ante à vinda de Cristo. Para entendermos que o iníquo surge a partir de um cenário de apostasia da igreja, vejamos abaixo estas palavras do próprio Jesus no evangelho de Mateus.
 
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. Mateus 7:22-23
O instrumento que nos passa esse conhecimento é a palavra de Deus, no tempo de Israel era a lei dada por Moisés e os profetas, no tempo da igreja é a graça de Cristo. Temos assim as duas alianças de DEUS para com a humanidade, as duas oliveiras que estão diante do Deus da Terra.
De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. Romanos 10:17
A certeza da vitória de Cristo na cruz, que é o testemunho dos dois testamentos que a Bíblia traz consigo, é obtida através da fé, que por sua vez é obtida pela própria Palavra. Nessa caminhada por vezes podem surgir dúvidas a respeito da veracidade dessa palavra e, consequentemente, pôr a nossa salvação em cheque. Não que a dúvida gerada te faça isso, porém quando a dúvida supera a crença, tendo em vista que a salvação vem inteiramente por meio desta, aí abriria a possibilidade para a "perda da salvação". Isso em termos individuais acho difícil acontecer, pois o plano de Deus é que nenhum dos eleitos se perca.
E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. João 6:39
Mas quando estamos tratando não do indivíduo mas do coletivo, essa questão da 'dúvida' é um ponto pelo qual uma denominação pode facilmente caminhar para a perdição. Isso acontece quando se coloca a 'dúvida' como a engrenagem que te leva ao conhecimento de Deus, não a dúvida em relação ao que diz a Palavra, mas a dúvida existencialista. Essa dúvida (uma palavra feminina) assume o papel gnóstico de Sophia que te leva ao conhecimento de Deus (Gnose). Nesse caso assumi-se a ideia errônea de que o homem acha a Deus, enquanto que na própria vinda de Cristo à terra é uma prova de que é Deus quem procura o homem.
Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis.Não há quem faça o bem, não há nem um só. Romanos 3:10-12 
 
Essa 'dúvida' é a base principal para que seja aplicado em escala global o princípio de número seis dos doze princípios sociais da Nova Ordem Mundial de Baha'u'llah: a independente busca pela verdade. Aqui o cidadão global se vê livre da necessidade de seguir qualquer religião, alcançando uma visão ampla de todas elas de modo a, por si só, alcançar a verdade, que neste caso se torna relativa ao sujeito. Em outras palavras, o cidadão global está sendo "posto na areia do mar" para ver o levantar da Besta que está a emergir, em teoria ela já existe, mas na prática ela passa a existir somente quando todas as cabeças estiverem em ressonância, todas presas e firmes no corpo. Dessa maneira é mais fácil de aceitarmos sete caminhos diferentes a um só, a perdição. A ideia é fazer um hibridismo religioso para que se aceite a noção de uma revelação progressiva que culmine na exaltação do oitavo rei.
 

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