sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A personificação do número de bahá


Em 2003 a cantora francesa Alizée gravou o videoclipe de sua música J'en Ai Marre ("Estou Farta"). O videoclipe consiste em um cubículo de vidro no qual Alizée está em seu interior, com espaço o suficiente para se mover nele. Se resumisse a ideia inaugural que senti ao ver o vídeo, diria que está em algo em torno de "O homem preso às futilidades".

Para começar a explicar o que me levou a tal compreensão, ponho um destaque inicial à foto acima. O olho que está em evidência é o direito. O olho possui um simbolismo dual, pode significar tanto o olhar espiritual e sensível às coisas abstratas (quando o esquerdo ou envolto de uma pirâmide), mas pode significar também o oposto disso, o olhar meramente ao concreto, ao que é físico e palpável (olho direito), que é o caso da nossa personagem.

Outro fator está em suas próprias palavras "J'ai la peau douce/Dans mon bain de mousse" ("Eu tenho pele macia/Na minha banheira de espuma"). A pele representa a proteção ou escudo do "eu interior" e serve como uma fronteira física, a intérprete da música dar ênfase então em sua pele representa a superficialidade das ações de quem está preso na caixa, que é uma referência à própria realidade. A espuma dá a mesma impressão, do belo e vistoso, mas sem conteúdo espiritual.

O refrão da música nos passa a ideia gnóstica do "estrangeiro". O "estrangeiro" é aquele que não se adapta[1] ao mundo, família ou sociedade em que está inserido. No refrão a personagem afirma a cada frase que está farta de como as pessoas a sua volta vivem de forma depressiva, vagarosa e lamentável. E não só. Está farta inclusive de estar farta. Mas, diferentemente do "estrangeiro" gnóstico que têm por objetivo apenas "retornar ao lar" (os incomodados que se mudem), o teor de insatisfação na letra nos passa a ideia de que a personagem quer que o meio em que ela está inserida mude. Acredito que isso represente o estado do cidadão global ante a Nova Ordem Mundial, em que ele sinta que "é necessário uma mudança brusca" e sobretudo se veja nessa conquista de um novo mundo.

Ao admitir que a intérprete representa o estado do cidadão global e se você tiver clicado no link para ver o vídeo (clique em "o videoclipe" na primeira linha) já deve ter percebido que o traje vermelho (Dragão vermelho?) da personagem contém um expressivo número de bahá (o que torna a interprete quase que a própria personificação desse), podemos imaginar então que já é um estado avançado em relação à Ordem Mundial de Baha'u'llah. Mas ainda representa o estado do peregrino que está sendo moldado, pois mesmo marcado internamente (consciente e agente do progresso) permanece com atitudes típicas de quem não tem conteúdo espiritual como foi apresentado no terceiro parágrafo. Sendo assim podemos resumir outra vez a ideia principal do videoclipe em "O homem preso às futilidades prestes a reconhecer a obra admirável". Com obra admirável me refiro aos Sete Vales, os sete trovões que guiam a humanidade ao reconhecimento do cristo cósmico Baha'u'llah.

No meio do vídeo o vidro se rompe por poucos segundos. É apenas para dar a ideia que o estágio primitivo (6) já foi superado, o cidadão global está livre, porém permanece na caixa para ser continuamente moldado. A água foi o simbolismo que utilizaram para passar a ideia de moldagem pelo fato dessa agir naturalmente, a água molda montanhas e relevos de forma natural, seja pela chuva ou por rios. A humanidade caminha naturalmente (pelo menos do ponto de vista dessa, já que ela não vê os agentes da mudança) para o reconhecimento do cristo cósmico. Para o fim do vídeo a cantora já até olha entre suas mãos fazendo um formato triangular para fora do vidro, ou seja, uma avanço no âmbito espiritual.

Em suma, age nos filhos da perdição desses últimos dias algo que podemos chamar por espírito ou sentimento que sobre si já carrega a marca da besta, o qual é o responsável por seduzir a humanidade para mais próximo da Nova Ordem Mundial e seus princípios anticristãos.

[1Uma das características da mente gnóstica moderna é a constante insatisfação com a realidade que se traduz em uma perene tentativa de escapar à realidade. Normalmente, o drogado mete heroína na veia para fugir à realidade; o gnóstico revolta-se sistematicamente contra a realidade, seja ela qual for…

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