sábado, 4 de janeiro de 2014

Filme mostra a trajetória de "cristo" até a Ordem Mundial de Baha'u'llah

O filme A Montanha Sagrada de Alejandro Jodorowsky nos apresenta de maneira insigne um cenário que não podemos deixar de confrontar com o simbolismo que já estamos acostumados. 

O filme começa com um homem crucificado que se assemelha a imagem estereotipada de Jesus Cristo. Porém, na sequencia do filme sabe-se que este não era o tal, mas sim um ladrão que igualmente fora crucificado. Ao andar pela cidade foi utilizado de molde para várias estátuas de Cristo por alguns romanos gulosos e uma figura tosca de Maria. O autor do filme, de uma maneira bem surrealista como só ele, demostrou criticamente que a imagem de Cristo foi usada de forma deliberada pela ICAR. De uma maneira irônica o Cristo que estavam a esculpir era na verdade um ladrão.
E estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte. Isaías 56:11
Depois o Ladrão fora atraído por um pouco de ouro que servia de isca em um anzol, e subindo com este chega ao topo de uma torre.
Ele a todos levantará com o anzol, apanhá-los-á com a sua rede, e os ajuntará na sua rede varredoura; por isso ele se alegrará e se regozijará. Habacuque 1:15 
Ao chegar no interior da torre e romper com uma película que selava o local com o exterior, ele encontra o Alquimista, este homem à esquerda vestido de Branco entre dois bodes e duas torres, uma branca e outra preta. Resumidamente este representa o Senhor das Hostes o qual Baha'u'llah se referiu ter recebido o chamado, é a figura mais sublime que cada Ordem reverencia, seja a "ordem branca" (baha'i & CIa) ou "ordem preta" (illuminat & Cia). A coluna preta possui três linhas inteiras paralelas entre si e a branca possui as mesmas três linhas, porém cortadas ao meio. É como na bandeira da Coréia do Sul, em que as três linhas inteiras representa o céu e as cortadas representam a terra.

O Alquimista possui um colar com nada mais nada menos que um eneagrama. É um símbolo antiquíssimo formado por nove linhas que se ligam dentro de uma circunferência. Os pontos onde as linhas tocam o círculo são numerados de 1 a 9, daí o significado da palavra em grego – “nove pontos”. Ninguém sabe ao certo sua origem, mas estima-se que tenha mais de 2500 anos. Zoroastro e Pitágoras debruçaram-se sobre ele, mas foi o russo G.I. Gurdjieff o sábio que mais se dedicou a seus mistérios. Segundo J.G. Bennett, autor de O Eneagrama (Pensamento-Cultrix), esse desenho mítico possui significados e aplicações diferentes, em vários campos do conhecimento. Em determinadas regiões da Ásia, é utilizado para prever o futuro. No Ocidente, serve a estudos da personalidade, ajudando a identificar qualidades e fraquezas nas pessoas. Para alguns psicólogos, cada um dos nove pontos representa um padrão de comportamento (o metódico, o generoso, o sofredor etc.). “É possível identificar a motivação básica de um indivíduo, uma fixação do ego que acontece muito cedo na vida, de forma inconsciente”, afirma Nelson Mariz de Lyra, professor de eneagrama no programa de MBA da Universidade de São Paulo. “O eneagrama é um instrumento muito prático, mas ainda trata de traços gerais, pois cada pessoa é única.” (ver mais a respeito)

Agora, o Alquimista que carrega consigo uma das variações do símbolo máximo da ordem mundial de baha'u'llah, leva o Ladrão a uma sala onde vai encontrar mais sete indivíduos. Isso mesmo,! O "Cristo" e mais sete. Qualquer semelhança que você veja entre isso e os manifestantes solares/reis de apocalipse 17 fica por sua conta. Está então formado o grupo dos dez: O Alquimista, os oito aprendizes e uma mulher que acompanha o alquimista. Ele os inicia nos mistérios dos nove em busca da imortalidade e promete após todos alcançarem o pico da montanha sagrada revelar o segredo fundamental.  É interessante notar que cristo, no caso o Ladrão, foi o personagem principal até ele se encontrar com os demais discípulos do alquimista, depois disso ele se tornou apenas mais um. É exatamente isso que está a acontecer, do ponto de vista ocidental o cristianismo é a religião que está em evidência, mas aos poucos o cristianismo está deixando de ser 'a' religião para se tornar 'uma' cabeça da besta. A quebra da hegemonia de qualquer religião que seja para dar ênfase na unidade do gênero humano.

Ao fim do filme é então revelado o segredo: "isso é um filme".


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