quarta-feira, 7 de maio de 2014

Ocultar ou promover quando convém

Alguns anos atrás pela MTV o humorista Marcelo Adnet havia feito o papel de um "político sincero" que evidenciava seus planos de corrupção no mandato (veja o vídeo). E recentemente o humorista que agora está na Rede Globo fez uma coisa muito parecida, aquilo que seria "o jingle que só fala a verdade" (veja o vídeo). A ideia é a mesma, criticar as propagandas eleitorais.

Uma coisa é curiosa, Adnet como "político sincero" tinha um número fictício para a sua candidatura: 9999. O uso do 9 é obvio, é um número genérico que estaria representado todos os outros números.



Já no "jingle que só fala a verdade" na Globo, ao invés de haver um número fictício foram ainda mais genéricos: "número, número, número". Afinal, não iriam atribuir uma política má ao número que representa o Nome oculto e manifesto, inviolável e inacessivelmente excelso.[1]


A significação numérica na fé baha'i é herança babista. O Bab acreditava que os números ajudariam a reconhecer "aquele Que Deus tornará manifesto", com o auxílio do sistema de cômputo abjad. Ainda assim, o número é o nível mais distante da representação do cristo cósmico da nova era, temos ainda a sua estrela de nove pontas seguido do seu próprio nome.


Se por um lado o nove foi ocultado ao estar ligado com conceitos tão negativos como a corrupção, ela é promovida estando do lado de conceitos como liberdade. A cannabis, vulgar maconha, foi liberada em alguns estados norte americanos, com isso as máquinas que fornece as verdinhas diretamente ao consumidor estão se popularizando.  E dos três tipos de cannabis, indica, ruderalis e sativa, escolheram esta última para a campanha publicitária. É característica dessa espécie possuir nove extremidades em suas folhas.


[1] Kitab-i-aqdas, K29.

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