terça-feira, 13 de maio de 2014

O messianismo judaico em sua forma atual

Cristo deu um golpe de espada na esperança messiânica da maioria do seu tempo, isso porque a palavra que saia de sua boca tratava de um futuro de justiça perante o Pai dentro de uma dimensão espiritual no Reino de DeusMuitos foram perseguidos e mortos ao reafirmarem a palavra que Cristo havia deixado referente a essa justiça do Reino. Todos esses ― até o último salvo ― reinam desde então com Cristo.
E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Apocalipse 20:4
Entretanto, o messianismo judaico nunca deixou de existir, crendo que ao menos uma remanescência do seu povo fosse responsável por uma futura salvação do mundo material. Hoje estamos adentrando em um período no qual essa esperança é levada ao extremo, com a cura da ferida deixada pela espada, a paz que Cristo nos deixou e a justiça do seu Reino não satisfaz o mundo contemporâneo.

Certamente que, na História, uma ideia não se repete de uma forma exatamente idêntica à inaugural porque o tempo histórico é diferente. É dentro da mentalidade revolucionária que encontramos o movimento messiânico atual que está a perseguir o cristianismo mundo a fora. Retira-se a figura de Iavé e permanece apenas os ideias que o formam, tendenciosamente adaptados e condensados na noção de um cristo cósmico. A noção de "um povo eleito por Deus" permanece, mas fora de uma raça ou nação particular, exaltando a  noção de "cidadãos da terra" e "construtores do Reino".


Em suma, o pensamento messiânico judaico, presente também nas correntes milenaristas dentro do cristianismo (o dispensacionalismo por exemplo), sustenta a mesma ideia dos que estão hoje a destruir o cristianismo no ocidente: um futuro temporal e material governado por um rei de justiça e uma elite eleita.

Nenhum comentário:

Postar um comentário