domingo, 18 de maio de 2014

Do entusiasmo no avivamento

Sentimos e experimentamos grande gozo, alegria e deleite nas coisas de Deus. Acredito que reações físicas como tremer, chorar, emocionar-se, são perfeitamente válidas, se são resultado da pregação da Palavra de Deus na mente e no coração. 
Liberais tendem a considerar toda manifestação religiosa emocional como pentecostalismo, esquecidos de que a tradição reformada à qual dizem pertencer reconhece que a ação graciosa do Espírito na santificação por vezes produz efeitos profundos em nossa estrutura emocional. 
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Quem acompanha o blogue sabe que uma das principais críticas que faço às igrejas evangélicas de hoje, sobretudo as de cunho pentecostalistas, é em relação à noção de "avivamento". Devido a isso, muitas vezes a minha posição é identificada como sendo análoga a de uma denominação tradicional/histórica. Em primeiro lugar deve ficar claro que eu não falo em nome de denominação alguma. Entretanto, não deixa de ser verdadeira a observação, tanto que dediquei esta postagem para esclarecer o meu ponto de vista a respeito do avivamento ― e das reações emocionais   a partir das considerações (em epígrafe) de um dos expoente da igreja reformada, Augustus Nicodemus Lopes.

Se prestarmos atenção no texto que se inicia, reações físicas como resposta à pregação da palavra podem ser entendidas como reações de um avivamento, porém no âmbito individual, ou seja, o momento em que o indivíduo humano encontra o sagrado, em que o espírito humano entra em comunhão com algo que é absoluto e incondicional, excedendo-se sob a sensação do divino. É assim que deve se dar o avivamento no mundo cristão, no individual, para que o coletivo seja apenas a soma das individualidades, como era a concepção de Cristo.

A minha crítica ao chamado "avivamento" que a maioria das igrejas pregam é em relação a duas características que esse possui: o coletivismo e o extraordinário. O que se tem visto são performances de manipulação de massas e hipnose com o intuito de fazer a platéia passar por um êxtase e, como em um parque de diversões, fazê-las voltar ao final da fila para repetir o brinquedo.

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