segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A substituição de metas por objetivos

Pra muita gente pode passar despercebido, mas uma simples ação de trocar palavras pode possuir uma gama de significados. Em relação a isso quero falar da mudança, não sei nem ao certo dizer quando, que houve de nomes do projeto da ONU, o qual inauguralmente atendia por "Metas do Milênio" e agora se apresenta como "Objetivos do Milênio".

A diferença básica entre essas duas sentenças podem ser vistas em qualquer discurso de palestra motivacional, em que "para alcançar seus objetivos na vida é preciso ter metas concretas". Meta é aquilo que você consegue ver à sua frente, trabalha com prazo, tem um sentido mais estreito, diferentemente de objetivo, o qual seu sentido amplo possibilita um afrouxamento no sentido de alcançar tais objetivações. É exatamente nisso que está pautado o fator de mudança no nome oficial do projeto das Nações Unidas.

O que houve é um afrouxamento em relação a responsabilidade de cumprir as até então metas propostas. Mas essa troca pode ser vista até mesmo como uma questão de bom senso, pois de fato não se sabe o tempo que esses objetivos demorarão para serem concretizados (até o milênio acabar?).

Mais do que isso, é possível enxergar algo ainda mais difícil de se perceber, mas que não pode ser ignorado. As metas por si só e agora admitindo-se a carência de um ponto fixo sobre estas, pode e estão a causar uma atrelação de grupos tendenciosos que se apoiam na ideia de "algo que todos queremos" e que na verdade não passam de presunções próprias desses determinados grupos, os quais se acomodam com a oportunidade ganha. Por exemplo, o feminismo que se apoia no objetivo de número 3 "Igualdade entre sexos e valorização da mulher", ou o ecologismo que é sustentado pelo objetivo de número 7 "qualidade de vida e respeito ao meio ambiente".

Com isso o que se tem é nada mais nada menos do que uma união, a qual tem como principio se fazer valer de cada discurso ideológico para fortalecer a massa de visionários.

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