domingo, 19 de julho de 2015

A Negação da Linguagem

Antes de entender como a linguagem tem sido tratada em nosso tempo pela elite de intelectuais neognósticos, a fim de avançar a agenda da Nova Ordem Mundial, é preciso que entendamos o avanço desse pensamento, por sua natureza anti-cristã, desde as heresias gnósticas dos primeiros séculos depois de Cristo.

A escola gnóstica de Basílides pregava uma negação da linguagem, pois ela seria insuficiente para o alcance da salvação, já que a linguagem sendo produto da experiencia de uma realidade cósmica ilusória era ela também ilusória e, portanto, instrumento de dominação de um demiurgo (ou Arconte). A saída, segundo o que se receitava aos iniciados, era a negação da linguagem a partir de um estado de suspensão. Para Basílides, o Absoluto é o Não-Ser, pois ele não pensa ou percebe nada, fica além do pensamento discursivo.

O movimento revolucionário moderno parte do mesmo principio de negação da realidade. A linguagem não escapa: é mais um mecanismo de reprodução das relações de dominação. No lugar do demiurgo estão as tradições, os costumes, as especificações de gênero, a cultura judaico-cristã etc. Mas se os gnósticos antigos buscavam um escape da linguagem, através do silencio absoluto por exemplo, o movimento revolucionário moderno não se cala, mas busca a conversão da linguagem da dominação para a linguagem da inclusão.
Movimente Revolucionárie luta por ume linguagem mais inclusiva, para que todes possam ser respeitades.
Podemos resumir esse raciocínio da seguinte forma: 

1. os gnósticos antigos negavam totalmente a 'realidade' da linguagem e procuravam escapar para o 'além', através de um estado de suspensão;

2. os gnósticos modernos negam a 'realidade' da linguagem e tentam impor sobre ela a ordem do 'além' (por uma critica destrutiva da sociedade) em uma 'realidade transformada'.

Por "ordem do além" entenda-se o mundo paralelo inventado pelos ideólogos e entendido como o produto da ação revolucionária: o "mundo melhor", a "reconstrução do paraíso", "o reino de deus na terra", a "plenitude dos tempos" etc. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário