sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O Anticristo ou Os Anticristos?

Aqui estará sendo utilizada a figura especulativa do anticristo, não fazendo distinção entre a liderança espiritual (cabeças) e a material (chifres).

Muita gente já para neste questionamento. Haverá um anticristo específico miraculoso que ajuntaria a todos os povos e seria aclamado por estes? Ou simplesmente cada um de nós somos anticristos igualmente formando assim um todo que na bíblia é tratado por "espírito do anticristo".

Isso é um debate que vai muito além de uma discussão escatológica cristã. Autores renomados sociologicamente abordaram esta mesma questão tendo em vista a Sociedade e o papel do indivíduo na construção de sua moral. Podemos tomar como base os considerados pais da Sociologia, ao lado de Marx, Weber e. Durkheim.

Weber vai tratar da questão do indivíduo, através da ação social, quer dizer, Weber se encaixaria na primeira visão apresentada acima a respeito do anticristo, a ideia de uma liderança "O Anticristo".

Em contra partida Durkheim vai propor a ideia do fato social, ressaltando a ação do conjunto para a formação de uma consciência coletiva. Assim tal autor se encaixaria na segunda visão apresentada, a questão do 'nós', "Os Anticristos".

Partindo para uma abordagem mais direta, quero expor a visão sobre o tema deste blogue.

No meio tradicional escatológico (e aqui incluo todas as falhas e errôneas interpretações sobre o livro de apocalipse) impera a visão weberiana, ou seja, de uma liderança coordenadora que agiria mutuamente na sociedade em questão. Essa é uma visão muito arriscada, não em sua estruturação, mas na exacerbação e enaltecimento do papel da liderança.

É fato que a liderança está presente assiduamente, por exemplo no nazismo, a figura de líder de Hitler foi muito forte, mas Hitler não matou cerca de 6 milhões de judeus sozinho. Aqui vai entrar na questão do ponto de influência que alguém pode ter sobre o outro, Hitler não influenciou todos os alemães a se aderirem ao nazismo, a maioria deles, pelo menos no início, eram dotados de um sentimento comum de perda pós primeira guerra mundial, ou seja, Hitler estava na hora certa no lugar certo, tinha terreno, se tornou uma grande liderança.

É neste ponto que eu pretendo chegar. A questão é "o poder vem do povo", o povo ergue o seu líder, assim, estaria eu partindo para uma visão mais durkheimiana, embora, acredito eu, não plenamente.

Na visão tradicional, o líder (vulgo anticristo) é visto de uma forma sobrenaturalmente conquistadora e "surgida do nada" como solução para os problemas do mundo. Este blogue, que trata da fé baha'i como mentora de uma ordem mundial futuramente implantada e antecipadamente planejada, vai contra esta ideia.

Assim como no exemplo de Hitler, o qual conseguiu espaço devido uma comunidade fragilizada, assim será a vinda do filho da perdição (2 Ts 2). O filho da perdição virá para os seus, ou seja, quem será levado à perdição senão os próprios filhos da perdição? Assim sendo, a profecia fala de um, mas fala de todos ao mesmo tempo, que são mais de um, embora estejam representados na figura de um, são na verdade muitos.

Portanto, a fé baha'i com seu plano de modelo de governo, não será imposta por ninguém (claro que haverão focos resistivos), ante isso será aclamada, assim sendo vemos que a terra fértil (povo) faz a árvore crescer (liderança), Podemos ver isso biblicamente.
E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer. Apocalipse 6:1-2
Perceba que o cavaleiro já estava lá, ou seja, tudo já está arquitetado para uma nova ordem global. Mas ele só recebeu a coroa depois. Será reconhecido depois. Ainda que a semente esteja jogada, é necessário que a terra seja preparada (o que está acontecendo hoje), todo esse caos que estamos vendo aumentar seria uma espécie de estrume, merda mesmo, e isso não é nem uma analogia minha. Malaclypse the Younger, um dos fundadores do discodianismo disse "a merda faz a flor crescer e isso é bonito", podemos traduzir da seguinte maneira: A merda (O CAOS SOCIAL) faz a flor crescer ( UMA "ORDEM" GLOBAL) e isso é bonito (UMA ESPÉCIE DE DESCULPA PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE ORDEM ATRAVÉS DO CAOS). E como sabemos, quem joga a 'bosta', ou seja, quem se utiliza do conceito de ordo ad chaos (ordem no caos) não é outra senão a mulher montada na besta. Depois que a flor crescer não é necessário que se jogue mais merda na flor, desse modo a mulher é descartada (QUEDA DA BABILÔNIA).

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