É muito comum ao se abordar a escatologia o interlocutor assumir uma postura favorável quanto a uma "iminência". Essa é a mesma postura que encontramos na mentalidade revolucionária, a qual está se encarregando de moldar a opinião pública para que esta dê legitimidade à ação do corpo executivo mundial. E essa postura escatológica fatidicamente adota uma visão milenarista do Reino de Deus, pois essa "iminência" é em relação a uma nova etapa da humanidade, à chegada de uma era que substitua por completo a atual.
Por se adotar uma visão de iminência cai-se em outros dois aspectos: (1) o determinista e o (2) imanentista.
(1) Quando se assume uma ideia determinista de que o "Reino de Deus" está por vir, qualquer coisa que se esteja por vir assumirá o papel desse tal reino.
(2) Como é determinista, a ideia pela qual afirma que "o futuro a Deus pertence" é perdida, fazendo com que a noção de futuro se ache estreitamente dentro de uma esfera imanente ao homem.
Muita gente incube a si próprio a responsabilidade da vinda de Cristo e do seu "reino na terra", a isso chamamos de tentar imanentizar o eschaton, tal como acontece nas religiões políticas que tentam fazer da terra um paraíso de justiça, segundo a sua visão do que seja isto.
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