sábado, 11 de abril de 2015

Mais policiamento do pensamento

O Estado ao longo do século XX tentou de todas as formas conseguir o controle de tudo quanto podia, mas eis que surge a internet, proporcionando ao homem uma liberdade sem igual. O Estado, porém, não querendo ficar para trás — e aqui já podemos falar em Estado em um sentido mais estreito: o Estado brasileiro  tem lançado mão de medidas que, em nome da "democracia", possam vir a dar o controle também dos ambientes virtuais.

A mais nova vinda do Planalto é o Humaniza Redes, lançado com a promessa de "fazer o enfrentamento às violações de Direitos Humanos que acontecem online". Vemos na sua página do Facebook a seguinte descrição: Contra todas as formas de discriminação, preconceito e violações de Direitos Humanos na internet. O carro chefe da Nova Ordem Mundial de Baha'u'llah parece mesmo ser a bandeira da Eliminação de Toda Forma de Preconceito (traduzido aqui). O Brasil, por sua vez, parece ser o carro chefe na implementação do policiamento do pensamento, da censura de idéias, rumo a um totalitarismo.

Em 2011, na Noruega, um atirador matou 92 pessoas, sendo a maioria membros juvenis do Partido Trabalhista, partido ao qual pertencia o então Primeiro Ministro. Após perícia no computador do autor dos disparos, constatou-se que o sujeito acessava páginas racistas e disseminadoras de ódio contra imigrantes. Mais recentemente, o co-piloto que atirou um avião com 150 passageiro acessava páginas que fomentavam o terrorismo. Em nenhum dos casos citados houve uma resolução dos respectivos governos locais no sentido de controle da internet.

Tempos atrás, vimos surgir o Marco Civil com a mesma "esperança democrática". Por que então se faz necessárias outras medidas, que parecem não se integrar? Dessa vez, ainda, o governo anti-elite fez parcerias com parte da elite bilionária internacional (apoio do Google, Facebook e Twiter).

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