No século XIX, ficou famosa a batalha entre Thomas Carlyle e Herbet Spencer numa discussão a respeito do papel do homem na História. O primeiro explicava-o pela via dos grandes homens, os heróis: indivíduos altamente influentes que possuíam carisma, inteligência, sabedoria e influência política, e que utilizaram desses atributos pessoais de modo a causar um impacto decisivo na história, conduzindo o destino de toda a humanidade. Spencer, contra-argumentando, dizia que cada “grande homem” é apenas um produto da sociedade e que suas ações não seriam possíveis sem uma base social que as criasse e sustentasse, tudo isso através de uma lei abstrata que guiaria essa sociedade — uma espécie de organismo natural de onde o indivíduo seria somente uma partícula.
Essa discussão entre Carlyle e Spencer ilustra bem a dicotomia das abordagens que têm tentado explicar a figura do Anticristo, bem como a relação entre este e a sociedade dos últimos dias. Basicamente, toma-se partido da ideia ou de que o Anticristo será alguém específico ou de que existam vários anticristos que formaria um todo chamado "espírito do Anticristo". De um lado, defende-se a futura vinda de indivíduo extraordinário e, do outro lado, dá-se mais valor a uma unidade coletiva anticristã que abarcaria a todos.
A posição deste blogueiro já é conhecida e difere desses dois extremos, Antes de qualquer coisa por fazer a diferenciação do Anticristo material, o líder futuro da Nova Ordem Mundial, do Anticristo espiritual, o deus estranho do primeiro, o cristo cósmico. Depois por não dar tanta ênfase à figura do Anticristo material, uma vez que este será, como já mencionei em outra oportunidade, "o idiota como todos os outros" e "se o executivo mundial é o anticristo ele só o é porque há tantos outros milhares de anticristos para serem governados."