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terça-feira, 9 de junho de 2015

Usar azul pode ofender quem estiver de verde

Deve ser idolatrado por crianças palestinas, africanas, asiáticas, árabes, eslavas, por ortodoxas, judias, muçulmanas, budistas, agnósticas (32,2% da China), xintoísta, hinduístas (mais de 1 bilhão).
Mas decidiu homenagear apenas um grupo religioso, na sua grande conquista (o único jogador do time com uma faixa no cabelo): 100% JESUS
(Daqui)
O jogador de futebol Neymar, após conquistar um título, comemorou utilizando uma faixa rodeando a cabeça na altura da testa com os dizeres: "100% JESUS". Para Rubens Paiva, do Estadão, que se diz de ambos (Neymar e Jesus), isso foi um equívoco, pois, assim, o jogador prestou homenagem a "apenas um grupo religioso", em detrimento dos inúmeros outros.

Para Rubens Paiva, Jesus é só a marca que define um grupo religioso. Não passou-lhe pela cabeça que Neymar poderia estar prestando homenagem ao próprio Jesus, não, mas a "um grupo religioso", que não pode receber mais atenção que os inúmeros outros. 

Porque é chegado o momento em que temos que nos despir, literalmente  na França, o quipá de judeus, a cruz de cristãos, o véu de muçulmanas são proibidos aos alunos nas escolas  para não ferirmos a liberdade do próximo. Mesmo que esse "próximo" não o tenha reivindicado, haverá sempre aquele representante de toda a massa ferida. Mesmo que nenhum dentre o bilhão de hinduístas que são fãs de Neymar tenha se ofendido com o "Jesus", haverá sempre um Rubens Paiva que falará por eles.

Quem sabe se existisse algum símbolo que pudesse representar o budista, o judeu, o palestino, e o grupo religioso de Neymar, todos ao mesmo tempo, teríamos uma sociedade mais justa. Alguém teria alguma sugestão?

quarta-feira, 13 de maio de 2015

A identificação do transgressor na Nova Ordem Mundial (2)

Uma campanha publicitária em Hong Kong quis mostrar a face dos inimigos da Terra. Nomeada de The Face of Litter (clique aqui e veja o vídeo), o projeto consistiu em uma reconstrução facial dos "poluidores" através do DNA deixado nos detritos. Esses rostos foram expostos como 'culpados', não houve inquérito, não houve julgamento, senão o cientificista do software.

Vejamos o raciocínio da campanha:

A poluição das ruas é uma epidemia em Hong Kong.

A ciência pode ajudar a prevenir essa conduta? 

Essa mesma lógica foi o raciocínio fundante da criminologia positivista de Lombroso, Garofalo e Ferri do final do século XIX e início do XX. Lombroso tratou de mostrar a face do criminoso, em contato com penitenciários ele quis, através de um estudo científico, mostrar quais as características físico-anatômicas do homem delinquente. Garofalo rejeitou a discussão em uma procedimentalidade judicial, se tem seu DNA no cigarro abandonado é porque você o fumou e o jogou deliberadamente na rua, ou seja, culpado. Ferri exaltou um esforço científico experimental para a prevenção da conduta criminal.

A máxima cientificista é a de que "a ciência resolve todos os problemas da humanidade", mesmo os de cunho social. Se o planeta está doente, pensam os cientistas, cabe à ciência encontrar o seu mal e curá-lo.

Embora possa parecer apenas uma campanha publicitária, esta reflete o pensamento ideológico do ambientalismo da Nova Ordem Mundial na busca pela eliminação "daqueles que ferem a Terra". A liberdade do cidadão geral vai sendo restringida — o que autoriza a manipulação do meu DNA?  até a instauração de uma sociedade orweliana, onde há vigilância não só na lente da câmera, mas também na lente do microscópio.

E aqui no Brasil? No Brasil,  a lei nº  12654 de 2012 sancionada pela presidente Dilma Rousseff autoriza que a identificação criminal possa incluir a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético, para que sejam armazenados em banco de dados de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia criminal. Mas nós não devemos nos preocupar, não é? Já que isso só vale para criminosos... 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

A identificação do transgressor na Nova Ordem Mundial

A presidente Dilma Rousseff anuncia uma proposta, da parte do TSE, de criação de Registro Civil Nacional, um documento de identificação com chip que uniria em um só todas as informações hoje fragmentadas em outros documentos. Dias depois, é anunciada uma iniciativa de coibição de crimes de descriminação na internet, o Humaniza Redes. Dois eventos aparentemente distintos revelam, na verdade, um sincronismo.

A logomarca do Humaniza Redes é composta de duas impressões digitais formando a simbologia do coração. A logo, que foi retirada de um banco de imagens da internet, faz lembrar as palavras da presidente ao citar a Justiça Eleitoral e o cadastramento biométrico como medida positiva de segurança de identificação (veja o vídeo). A ideia do TSE consiste em um projeto de "cadastramento e a identificação de cada um de nós [brasileiros] com um [único] documento".

O Humaniza Redes é coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Uma das medidas visadas por esta Secretaria é desafogar as penitenciárias, portanto o projeto não pretende "prender opositores", pelo menos não em prisões físicas. Tem sido feito um esforço para que se criem "novas medidas de controle" que não o encarceramento.  

Vemos no artigo 45 do Kitab-i-aqdas os seguintes escritos: "Exílio e aprisionamento são decretados para o ladrão e, no terceiro delito, colocai-lhe uma marca na fronte, para que assim identificado não seja aceito nas cidades de Deus e em Seus países.

Ainda nessa edição do kitab-i-aqdas há uma nota explicativa: 
A marca a ser colocada na testa do ladrão serve para que os demais sejam advertidos de suas tendências. Todos os detalhes a respeito da natureza da marca, de como deve ser aplicada, por quanto tempo deve ser usada, e em que condições pode-se retirá-la, bem como a gravidade das várias categorias de roubo, foram deixados por Bahá'u'lláh para que a Casa Universal de Justiça decida por ocasião da aplicação da lei.

Ficará por encargo da jurisprudência da Nova Ordem Mundial decidir tanto a natureza da identificação, quanto a natureza da classificação de "ladrão". Tudo converge para que a identificação se dê por meios digitais e que o ladrão seja todo aquele que, de alguma maneira, infringir os princípios da Nova Ordem Mundial.



sábado, 11 de abril de 2015

Mais policiamento do pensamento

O Estado ao longo do século XX tentou de todas as formas conseguir o controle de tudo quanto podia, mas eis que surge a internet, proporcionando ao homem uma liberdade sem igual. O Estado, porém, não querendo ficar para trás — e aqui já podemos falar em Estado em um sentido mais estreito: o Estado brasileiro  tem lançado mão de medidas que, em nome da "democracia", possam vir a dar o controle também dos ambientes virtuais.

A mais nova vinda do Planalto é o Humaniza Redes, lançado com a promessa de "fazer o enfrentamento às violações de Direitos Humanos que acontecem online". Vemos na sua página do Facebook a seguinte descrição: Contra todas as formas de discriminação, preconceito e violações de Direitos Humanos na internet. O carro chefe da Nova Ordem Mundial de Baha'u'llah parece mesmo ser a bandeira da Eliminação de Toda Forma de Preconceito (traduzido aqui). O Brasil, por sua vez, parece ser o carro chefe na implementação do policiamento do pensamento, da censura de idéias, rumo a um totalitarismo.

Em 2011, na Noruega, um atirador matou 92 pessoas, sendo a maioria membros juvenis do Partido Trabalhista, partido ao qual pertencia o então Primeiro Ministro. Após perícia no computador do autor dos disparos, constatou-se que o sujeito acessava páginas racistas e disseminadoras de ódio contra imigrantes. Mais recentemente, o co-piloto que atirou um avião com 150 passageiro acessava páginas que fomentavam o terrorismo. Em nenhum dos casos citados houve uma resolução dos respectivos governos locais no sentido de controle da internet.

Tempos atrás, vimos surgir o Marco Civil com a mesma "esperança democrática". Por que então se faz necessárias outras medidas, que parecem não se integrar? Dessa vez, ainda, o governo anti-elite fez parcerias com parte da elite bilionária internacional (apoio do Google, Facebook e Twiter).

sábado, 31 de janeiro de 2015

A Teologia da Missão Integral e a Mentalidade Revolucionária

Venho acompanhando aqui e ali algum material da Teologia da Missão Integral (TMI) a fim de montar um panorama da mesma que seja o mais justo possível. Seu maior expoente é mais possivelmente Ariovaldo Ramos (foto). O seu maior crítico é o blogueiro Júlio Severo, o qual é também defensor do Neopentecostalismo e da Teologia da Prosperidade, chegando a escrever um livro com o título: Teologia da Missão Integral versus Teologia da Prosperidade, disponível online e gratuitamente em seu blogue. 

O debate é bastante conturbado, sobretudo na questão de a TMI ser possivelmente uma nova roupagem, protestante, da Teologia da Libertação e, portanto, marxista. Essa é a principal crítica feita por Júlio Severo. Ariovaldo já se pronunciou afirmando que a TMI "não lança mão do referencial teórico do marxismo". Em uma "carta aberta" direcionada à recente exposição do tema no programa Academia em Debate na Tv Mackenzie, em relação a afirmação de que a TMI possa ser "uma espécie de marxismo disfarçado", Ariovaldo ressalta a TMI como uma proposta Ortodoxa, mas que apenas amplia a concepção da missiologia da Igreja.

O que deveria estar claro, mas que por algum motivo é ignorado, não é "o quão marxista" possa ser a Teologia da Missão integral, e sim aquilo que a faz se aproximar da Teologia da Libertação e consequentemente ao marxismo: a intersecção entre aquilo que seriam as bases da TMI com as caraterísticas do pensamento revolucionário moderno.


O pensamento revolucionário não se manifesta tão somente no marxismo. Por vezes pode ocorrer de intitularem tudo quanto tiver características da mentalidade revolucionária de marxismo, talvez pelo fato de no marxismo o pensamento revolucionário ser mais evidente. Acontece que a mentalidade revolucionária como fenômeno neognóstico deveria ser considerado nas análises, mas não o é e, em decorrência disso, tomei eu mesmo a liberdade de o fazer, resumidamente.

A primeira semelhança que é encontrada da TMI com a mentalidade revolucionária baseia-se na retorno ao profetismo hebraico. Ariovaldo afirmou que o conceito de justiça no profetismo hebraico é um conceito o qual a Missão Integral se estriba na recuperação. Tal como a TMI, a mentalidade revolucionária moderna busca recuperar o profetismo hebraico e a sua noção de justiça (Ler: O messianismo judaico e a mente revolucionária moderna). Cristo foi morto justamente pelo fato de estar na contra mão da noção de justiça materialista e temporal herdada pelo povo hebreu, pois Jesus anunciou um "futuro de Justiça" dentro de uma "dimensão espiritual". 

Existe um jogo antitético moderno x antigo no modo como a mentalidade revolucionária lida quanto à perfeição da realidade de mundo por qual esta busca. 

Pela terminologia de Roger Griffi, o anseio de retorno às origens pelo movimento revolucionário é chamado de palingênica (palin + genesis, retorno à origem), o qual busca findar-se naquilo que seria a reconstrução do Éden, podendo ser visto em pregações de preletores como Benny Hinn e Myles Muroe através do "plano de Deus". Entretanto, a Teologia da Missão Integral se encaixa com o termo  que o filósofo Eric Voegelin costuma usar: fé metastática, que designa a crença na transformação da estrutura da realidade em uma nova e inédita. Podemos perceber isso a partir da "doutrina da pedra".

sábado, 25 de outubro de 2014

A economia não-materialista materialista da Ordem Mundial de Baha'u'llah (2)

Parte I

Ainda na busca para tentar encontrar traços daquilo que possa vir a ser uma economia divina, humanitária e não materialista para a Nova Ordem Mundial, nos deparamos com algo que está muito próximo a todos nós: ajudas assistencialistas como o bolsa família. O intuito não é fazer um juízo de certo ou errado em cima dessas, tal como na primeira parte que tratava do fim do período escravocrata, a questão abordada não foi "o fim da escravidão foi certo ou errado?". Essa análise tem por finalidade apenas entendermos que uma economia divina para uma futura ordem global, como prevê o cristo cósmico Baha'u'llah, não é nada extraordinário ou sobrenatural.


Baha'u'llah elogiou os feitos da Rainha Vitória em proibir o tráfico de escravos, mesmo que   para tal ação houvessem mais motivos econômicos do que humanitários. Com o assistencialismo estatal não é diferente.

As maiores críticas feitas ao governo do PT, por parte dos intelectuais de esquerda, se baseia no fato deste seguir sustentando o mesmo viés econômico neoliberal que o antecedia, no governo tucano. Entretanto, ninguém leva isso em conta na hora das eleições, até porque  tal partido não pode fazer muitas manobras econômicas, pois precisa sustentar os demais companheiros do Foro de São Paulo.

O cidadão que sai da miséria e consegue entrar no mercado de trabalho permanece grato, por algum tempo, a quem esteve lhe oferecendo a oportunidade, mas com o passar dos anos acaba percebendo que sua sorte depende muito mais do seu próprio esforço do que de um favor recebido outrora.[1] 

O cidadão acaba sendo visto como "ingrato", situação que o blogueiro Wilson Ferreira[2] identifica como "ovo da serpente" do PT: uma nova classe de pessoas que tiveram uma percepção de mobilidade social pelo mérito individual (e não pela assistência do governo) pronta para dar o bote. É por esses casos que o governo tende a suprir as necessidades (entenda como intrometer-se) cada vez mais em todas as etapas da vida dessa pessoa. 

Referências
[1]http://www.olavodecarvalho.org/semana/120912dc.html
[2]http://cinegnose.blogspot.com.br/2014/10/sociedade-de-consumo-e-o-ovo-da.html

sábado, 27 de setembro de 2014

Sede unidos, ó soberanos da Terra!...

Uma das características mais fortes daquele que seria o mundo unificado, dentro de uma perspectiva de Nova Ordem Mundial segundo Baha'u'llah, seria visível na concordância, por parte dos diversos governantes, em guerrear contra forças que de alguma maneira quebrassem a harmonia entre os povos.
Sede unidos, ó soberanos da Terra!... Para que desse modo sejam acalmadas as tempestades entre vós e vossos povos encontrem o sossego. Se algum de vós levantar armas contra outro, erguei-vos todos contra ele, pois isto nada mais é que justiça manifesta.[1]
Recentemente, o grupo jihadista Estado Islâmico, conhecido também pela sigla ISIS (Islamic State in Iraq and Syria), tem feito líderes de todas as partes do globo refletirem sobre a possibilidade de intervenção internacional nos lugares onde o grupo atua, territórios divididos na Síria e no Iraque.

O que difere tal grupo terrorista dos demais talvez seja a forte propaganda que este faz de si. Vídeos os quais mostram grupos minoritários, como xiitas e cristãos, sendo decapitadas são jogados aos montes na internet e causam grande comoção. A agitação promoveu um encontro entre líderes mundiais para estabelecer ações que neutralizassem as barbáries cometidas.

Mesmo a luta parecendo ser justa e necessária, não há nenhum ponto de referência que venha confirmar uma possível vitória por parte internacional. Isso faria da guerra um conflito gratuito. 

Os Países vizinhos aos territórios de atuação do ISIS não pediram nenhuma ajuda internacional. A intromissão de países que não têm suas seguranças nacionais ameaçadas pelo grupo serve, por um lado, como promoção da ideia de harmonia da aldeia global e serve também, por outro lado, para mostrar a ainda soberania estadunidense nas questões de guerra, até à sua submissão ao governo regido por um corpo executivo mundial.

Notas
[1] ARAÚJO,  Washington. Introdução ao Pensamento de Bahá'u'lláh. Editora Planeta Paz

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Desinformação: A Zueira Metalinguística


Esta foto acima é uma versão "zuada" da foto em que Dilma come um cachorro-quente em Osasco. A montagem foi feita por uma página humorística de Facebook da cidade, sem intenções políticas. Entretanto, a imagem acabou ganhando grande visibilidade devido aos compartilhamentos vindos de páginas "anti-petralhas".

A imagem não passava dúvidas de que era uma montagem e que não era sua intenção veicular um fato real.  Mas isso não impediu da mesma ganhar uma proporção que nem seus criadores imaginavam, e caminhar por discussões não pretendidas. É aqui que entra o conceito de "zuera metalinguística": Uma paródia que se baseia em outras anteriores, de tal forma que se perde a noção das características que formam uma paródia como a ironia e o humor.

No mesmo embalo da divulgação da dita imagem, uma nova página com o nome de "É mentira da Direita" foi criada com um caráter ambíguo: esta seria uma página de esquerdistas ou seriam direitistas parodiando o esquerdismo? A tal página sentiu a necessidade de fazer uma refutação à claríssima montagem de Dilma comendo um pombo.


Na refutação percebemos alguns elementos que são típicos (ou será que não?) da forçação da linguagem estereotipada. Expressões como "querida presidenta" e "num ato de humildade e complacência" evidenciam uma adoração exacerbada que não seria vista (ou será que sim?) em um texto sério. Outros trechos deixam escapar, ainda que de leve, o tom irônico, como em "uma grotesca montagem indicando que na verdade nossa presidenta estava comendo um pombo cru!". Se o pombo estivesse assado não teria problema?

Em cima desse fato, as páginas "anti-petralhas" citadas anteriormente ridicularizaram a ação "esquerdista" da página em provar uma coisa tão óbvia. Nesse momento vemos a paródia virar pastiche. Não perceberam que essa era uma página-paródia, e por quê? Por que imitava fielmente o estilo do parodiado? Ou por que imitava fielmente o modo como essa pessoa enxerga o estilo do parodiado?

Isso acaba criando ambientes em que pessoas debatem vorazes contra simulações de seus adversários. Um cenário autístico no qual a desinformação sofre um processo de retroalimentação até o ponto onde a simulação começa a dominar. 

Para que um texto não caia na confusão que virou as sátiras espalhadas pela internet, é necessário que este tenha um ponto claro de identificação de que seja uma ironia. Por exemplo: se eu digo "Eu apoio o movimento LGBT.", essa é uma afirmação que não dá para perceber um possível tom irônico, mas se eu digo "Eu apoio o movimento LGBTXPOW27." a pessoa identifica de cara que se trata de uma ironia já pelo deboche da sigla.

Pesquisas:
O caso:
O efeito metalinguístico na informação:
A perca da noção da sátira:

sábado, 5 de julho de 2014

Pastores se manifestam favoravelmente à ditadura petista


Numa campanha de pressão sobre os deputados e senadores, cada um deles recebeu, nesta primeira semana de julho de 2014, um email contendo manifesto assinado por diversos pastores e líderes evangélicos conhecidos. O manifesto, que tem a intenção de representar a vontade da maioria dos evangélicos do Brasil, dá apoio total ao Decreto 8.243/2014, assinado pela presidente Dilma Rousseff e que foi classificado pelo colunista da revista Veja Reinaldo Azevedo como um golpe que extingue a democracia no Brasil.
Daqui 
Quem encabeça a lista é o pastor ― simpatizante de Hugo Chávez   Ariovaldo Ramos, uma das principais figuras da Teologia da Missão Integral. Apesar da maioria das criticas feitas à TMI serem quanto a uma tendência socialista da mesma, essa percepção é superficial e produto da guerra dialética rumo a implantação da ordem mundial do cristo cósmico Baha'u'llah.

A TMI não defende abertamente a implantação de uma ordem socialista ou comunista,  apesar do texto em epígrafe do blogueiro Júlio Severo. Entretanto, vejamos como o seu discurso se aproxima de uma visão favorável ao modelo bahaísta:
A ênfase da reflexão da TMI, sobre a prática da Igreja, voltada para o cotidiano, parte da proposição do Prof Padilla (...) A proposição de Padilla se sustenta na declaração do Senhor Jesus, de que o Evangelho é do Reino (Mt 24.14; Lc 4.43), portanto, tendo como conteúdo as boas notícias da chegada de uma nova ordem mundial (Dn 2.44), manifesta pela Igreja, porém, só implantada na volta visível e triunfal do Cristo. Ariovaldo Ramos, Blog
Segundo Ariovaldo, essa "nova ordem mundial" não é nem capitalista, nem comunista, mas é um resultado de uma intervenção transcendental de Deus, justificada pela passagem de Daniel em que uma pedra é jogada sem o auxílio de mãos à Estátua do sonho de Nabucodonosor: se opõe ao sistema vigente, que se opõe ao sistema capitalista e ao sistema soviético. É um outro sistema que vem não para estar ao lado dos sistemas em pauta, mas para substituí-los, para erradicá-los, escreveu Ariovaldo.

Uma nova realidade para a humanidade revelada progressivamente findada com a ação sobrenatural de justificação divina. Isso resume as visões da fé baha'i e da Teologia da Missão Integral para o plano do reino de deus terreno.

sábado, 31 de maio de 2014

Simulação de um parlamento a nível mundial

Esta é uma experiência hipotética tentando responder a pergunta: Se tivéssemos um parlamento mundial, como ele se pareceria? A ideia básica é fazer uma extrapolação dos resultados de eleições nacionais dentro de um parlamento mundial.


Metodologia

Os dados das populações são retirados do Banco Mundial, as que possuem mais de quatorze anos de um potencial eleitorado. O número de cadeiras para cada país é obtido pela divisão do eleitorado global por 1000, produzindo uma atribuição proporcional em função do tamanho do eleitorado local.

Os assentos foram distribuídos com base no sistema projetado pelo jurista belga Victor D'Hondt, o qual tem por base o maior quociente de partidos e coligações que cruzarem o limite de cinco por cento para entrarem no parlamento.

Distribuição



Extrema - esquerda (49)

A Índia é a democracia mais populosa do mundo. Neste sentido, uma coalizão entre os partidos de esquerda deste mesmo país ― como a já existente "Terceira Frete"  ganharia, pelo sistema de proporcionalidade, algumas cadeiras no parlamento global. Ainda dentro dessa perspectiva temos a Coligação da Esquerda Radical (SYRIZA) na Grécia e o Die Linke alemão.

Esquerda (200)

Aqui as cadeiras de forma geral são dispostas aos partidos da Internacional Socialista, além da Aliança Progressista do Parlamento Europeu e os domínios do Foro de São Paulo. Mais uma vez, pela proporcionalidade, os indianos teriam direito a mais cadeiras com a Aliança Progressista Unida (UPA).

/* É interessante notar que o Foro de São Paulo é mais conhecido no Leste Europeu do que pelos próprios brasileiros */

Única Representação (3)

Alemanha (Europa), México (América Latina) e Japão (Ásia) teriam direito a uma representação direta.

Centro (121)

Esta área incluiria partidos internacionalistas liberais com um grande contingente de Democratas estadunidenses.  

Direita (222)

Este grupo incluiria os tradicionais partidos conservadores da Europa, os Republicanos norte-americanos, o indiano BJP (Partido do Povo Indiano), o Partido Liberal Democrático do Japão, além de alguns partidos islâmicos moderados.

Extrema - direita (15)

Fariam presentes a Frente Nacional francesa, o Partido de Ação Nacionalista (MHP) turco, o Partido Renovador japonês e os grupos políticos islâmicos da Indonésia.
Outros (14)

Movimentos políticos como o Cinco Estrelas do italiano Beppe Grillo e a maior coalizão da Tailândia, Pheu Thai.

Autoritários

       Monarquia (7)

Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Jordânia.

       Teocracia (11)

Irã

       Comunismo (233)

China, Vietnã, Coréia do Norte e Cuba

       Outros autoritários (125)

A Rússia, as repúblicas da Ásia Central, tal como os demais países africanos.

Comentários do Está Por Vir

Apesar dessa ser uma simulação tendo por base o Globalismo da elite ocidental, decidi divulgar esta simulação devido ao fato de já com esta conseguirmos ver algumas características que se perpetuarão à Ordem Mundial de Baha'u'llah. Por exemplo, o fato de um terço das cadeiras serem direcionadas ao domínio russo-chinês, outra terça parte ficar majoritariamente com o domínio norte-americano e a terça parte restante pertencer à nova esquerda (latina americana e européia). Essa proporção 3-3-3 parece se afirmar como a que preencherá as cadeiras do parlamento mundial.

É importante notar também que a terça parte a qual mais caberia defender os direitos da família, do conservadorismo em geral, é a que tem os EUA como grupo maioritário e, consequentemente, a terça parte que terá que ser arrancada (Dn 7:8). Ironicamente, os Estados Unidos que abriram caminho para uma nova ordem mundial anti-cristã, serão vistos como "aquilo que impedirá a sequência da caminhada à unidade da humanidade", e se a direita americana (a que ainda se salva) não possui voz nem dentro do seu próprio país, dentro de um parlamento mundial então seria impossível.

Outras fontes:

Politica na India
http://noticias.r7.com/internacional/o-complexo-quebra-cabecas-eleitoral-indiano-04042014
Manifesto da Proporcionalidade
http://www.csproporcional.com.br/adm/fckanexos/userfiles/file/Manifesto%20da%20Proporcionalidade(1).pdf

sábado, 24 de maio de 2014

O Direito Positivo da Ordem Mundial de Bahá'u'lláh

O Direito Positivo coloca o conjunto de princípios que regem a vida social diretamente ligados a uma noção de vigência, pois defini-os em torno de um lugar e de um tempo, tornando-os possivelmente maleáveis na medida em que tais circunstâncias mudam. O seu conteúdo arbitrário o faz depender de um poder competente e, por isso, seu principal ideólogo, Kelsen, defendeu a ideia segundo a qual o direito positivo só teria legitimidade em uma sociedade democrática.

O Direito Positivo pode ter qualquer conteúdo, dependendo tão somente de como o poder competente que está em vigor pretende preenchê-lo. Assim, o direito positivo pode e tem se tornado uma ferramenta de implementação dos princípios da nova ordem mundial. Como se pode ver neste texto da Comunidade Baha'i, essa ideia é uma realidade dentro da ordem mundial segundo o seu fundador, pois a mesma exige uma redefinição fundamental de todas as relações humanas e que nós, a partir de leis e conceitos, temos a oportunidade de romper com os padrões vigentes, contribuindo de forma ativa para que as bases de uma nova civilização global possam ser erigidas.

Um dos motivos para o sucesso da implementação do reino do cristo cósmico está na abstinência política-partidária dos membros da comunidade baha'i. Dessa forma, os grupos de discussão politica jamais consideram as ações da comunidade "barrai", enquanto isso, "evangélicos" e suas bancadas bombam. 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

O paradoxo escatológico e o jogo político

Ia ao ar todas as quartas à noite na Rádio Vox o programa comandado por Alexandre Costa, autor do livro Introdução à Nova Ordem Mundial. Eu disse que "ia" porque depois do episódio que ocorreu no dia 30 do mês passado parece que o programa semanal foi cancelado. O convidado Madson Ribeiro, ex-satanista, estaria a comentar sobre o envolvimento da política com o ocultismo, mas a conversa tendeu para um lado tenso quando o convidado começou a expor suas convicções baseadas em uma interpretação do livro do apocalipse.[1]

Esse encontro só foi possível com a forte aproximação de Marcos Paulo Goes, que administra o site libertar.in, com o próprio Alexandre e os círculos de discussão da direita na internet. O convidado do programa demostrou um fraco conhecimento bíblico, sustentando aquelas velhas ideias como "Blocos econômicos são os chifres da besta".[2] Entretanto não foi devido à sua interpretação bíblica que eu me dediquei a fazer este post, mas o faço com um intuito de refletir sobre a função prática de quem defende uma visão dos últimos acontecimentos amparada em uma análise bíblico-escatológica.

Entramos em um paradoxo. Se por um lado discursamos contra certas ideias, sabemos que essas certas ideias compõem um cenário pré-determinado pela palavra de Deus. O blogue Ceticismo Político ― sincronicamente ao relatado ― publicou um artigo que vai contra o "conformismo" da direita, coisa a qual o site liberta.in foi acusado, principalmente depois de cortar relações com a rádio vox e anunciar um afastamento de qualquer ideologia política.
"Quem se conforma e lança discursos de conformação, principalmente quando é um formador de opinião, convence muitos de seus influenciados a serem conformados também.
No dia seguinte, Marcos Goes publicou um vídeo em que se coloca fora do espectro político direita-esquerda, além de afirmar sua preocupação apenas com as questões espirituais do Reino. No vídeo ele assume uma postura como a de Jean Baudrillard em seu texto “Partidos Comunistas: o Paraíso Artificial da Política".
Se todo o sistema curva-se sobre si mesmo, todas as posições do espectro político se equivalem. Direita, Esquerda ou Centro. Porque de fato o poder, o verdadeiro poder, já não existe mais. (BAUDRILLARD, 1995). 
Em consonância com esses acontecimentos, O. Braga, católico e conservador de direita, publica um artigo afirmando que "os protestantes, tal qual os revolucionários, gostam de ter a certeza do futuro". O elemento principal do paradoxo é o determinismo das profecias, ou seja, não se pode fugir do que está acontecendo e do que se está por vir. Ora, a nossa certeza está na palavra de DEUS.

Por fim, qual ação está mais próxima do pensamento revolucionário que dá legitimidade à nova ordem mundial e à besta que sobe do abismo? Buscar a justiça do Reino e a fuga do jogo político-partidário ou tentar pelo sistema uma reestrutura da ordem?


Notas

[2] Dentro de uma Nova Ordem Mundial, como federação única, não serão os blocos econômicos que se destacarão, mas as lealdades supranacionais (ver sobre) que comporão a elite pneumática (ver sobre).

sexta-feira, 2 de maio de 2014

A elite pneumática da Ordem Mundial de Bahá'u'lláh

Uma forte característica do gnosticismo da antiguidade tardia era a exaltação da ininteligibilidade do discurso propagado pelos mesmos. Em outras palavras, poucas pessoas conseguiam compreender os ensinamentos gnósticos. Isso era atribuído a noção da existência de um grupo seleto de pessoas capazes dessa que era uma dádiva divina. Essa dádiva era a fagulha espiritual, pneuma, que seria liberto através da gnosis.

O executivo mundial e seus mestres eleitos regidos pelo
número nove - elite pneumática da Ordem Mundial
de Bahá'u'lláh
Os pneumáticos eram portanto um grupo de pessoas dotadas de uma identidade divina que se opunha à ignorância dos demais homens que não a possuíam (os hílicos). Hoje não é difícil a gente perceber essa mesma noção dentro da manifestação de pensamento. Lidamos com uma elite composta por pessoas que se vestem com uma responsabilidade de guiar os demais, devido a esses demais estar vetado o conhecimento superior que essa mesma elite diz possuir.

A grande diferença entre as elites pneumáticas de hoje com as da antiguidade tardia está no processo imanentizante característico do primeiro grupo. A "salvação" através da gnose, no gnosticismo tradicional, é espiritual e transcendental, já a "salvação" no sentido das elites gnósticas modernas é social/histórica. Quanto ao fator espiritual dessa "salvação" neognóstica é muito relativa  mas não haveria ser diferente.


Essa elite busca uma salvação histórica por ser progressista, são representantes do futuro, da tendência do mundo, tendência essa que eles mesmo afirmam e tentam impor aos restantes. Nesse sentido, é comum que os hílicos sejam enxergados como pessoas pegas ao passado, que não conseguem seguir o "curso da história" .

Baha'u'llah escreveu (grifos meus):

Aproxima-se o dia em que Deus terá, por um ato de Sua Vontade, erguido uma raça de homens cuja natureza é inescrutável a todos exceto a Deus, o Todo-Poderoso, O que subsiste por Si próprio. Ele os purificará da mácula das vãs fantasias e dos desejos corruptos, os alçará às alturas da santidade e fará com que manifestem os sinais de Sua soberania e poder sobre a terra. (O Chamado do Senhor das Hostes)
Deseja-se justificar a existência de uma elite (nova raça de homens) cuja natureza seja inescrutável, ou seja, ininteligível, pneumática, para que manifestem um poder sobre os demais — os quais não os compreendem  em nome de "Deus" e de seu "Reino na terra". 

sábado, 26 de abril de 2014

Subirá, e se tornará forte com pouca gente

Dn 11:23

É muito comum quando nos deparamos com materiais que tratem da conjuntura final do mundo em um dado "cenário profético", esses darem ênfase na soberania de algumas nações frente outras. Há um grave problema quando a situação é visualizada tão somente por esse ângulo. Acontece que neste o qual estamos adentrando é um cenário de "ordem mundial" e nele existe uma certa tendência de organização elitista a partir de lealdades supranacionais

Essas lealdades são fundamentadas, a primeiro momento, em um plano maior resumido pelo mantra da nova era: "fazer deste um mundo melhor". Nesse contexto, todos os que desejam "fazer deste um mundo melhor" são englobados. Não são consideradas as diferentes maneiras de se ver este "mundo", mas prevalece a semelhança em querer mudá-lo.

Esse é o pensamento que sustenta a mentalidade revolucionária, além de a fazer ser uma reencarnação do gnosticismo da antiguidade tardia. Ambas compreendem estar vivendo em uma realidade opressora criada, seja por um Demiurgo no caso do gnosticismo da antiguidade tardia, seja por uma construção social preconceituosa/injusta no caso do neognosticismo na mentalidade revolucionária. 
Para se aderir a essas lealdades não é muito difícil, muitos até o fazem sem perceber. O processo é semelhante ao que escreveu George Bataille (grifos meus):
Do comunismo podemos dizer que é a ação por excelência, ele é a ação que muda o mundo. Nele o objetivo, o mundo mudado, no tempo por vir, subordina a existência, a atividade presente, que só tem sentido como objetivo visado, este mundo precisa mudar. A respeito disso, o comunismo não levanta nenhuma dificuldade de início. Toda a humanidade está disposta a subordinar o tempo ao poder imperativo de um objetivo. Ninguém duvida do valor da ação e ninguém questiona a autoridade última da ação. (A Literatura e o Mal, p. 131)
O gayzismo, o feminazismo, o abortismo, o eugenismo, o ecofascismo, o neo-ateísmo, o naturalismo, o cientificismo, etc., todas essas abas políticas de lealdades supranacionais possuem uma raiz comum e foram originados com o fracasso do comunismo do século XX. Pode ser que estes "ismos" sejam notados numa mesma pessoa, mas não necessariamente.

A mentalidade revolucionaria se funda, tal como se mostra no trecho exposto acima, em um mundo mudado, no tempo por vir, que subordina a existência, a atividade presente, ou seja, as ações de hoje são fundamentadas a partir de uma ideia futura, em que ninguém questiona a autoridade última da ação, legitimando todo o meio para atingir-se o objetivo.

Essas vertentes políticas mencionadas são as que darão legitimidade à ação do executivo internacional, estabelecido por um corpo executivo mundial.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

O efeito glasnost do Marco Civil

Depois de anos em discussão na Câmara, apenas nos últimos dias antes da decisão definitiva, o projeto do Marco Civil ganhou notoriedade e passou a ser discutido também pela sociedade civil. Talvez "discutido" seja um termo incorreto para essa ocasião, que mais uma vez confirma aquilo que já venho afirmando há algum tempo, no que diz respeito às notícias e de como elas estão apenas servindo para polarizar a opinião pública.[1]

De fato, não houve uma discussão. Ocorreram agregados de opiniões prós e contras que iam se acumulando com "pessoas esclarecidas", além de criar uma camada de pessoas que não fazia ideia do que realmente significava o tal do Marco Civil.

Por que glasnost?


Se você for tentar rapidamente, pela internet, descobrir o que é glasnost, certamente perceberá que o termo está atrelado à noção de "liberdade de expressão" e "abertura política". Isso se dá porque o termo ficou mundialmente conhecido a partir das políticas de cunho reformista na estrutura da União Soviética nos seus últimos anos, por seu líder Mikhail Gorbatchev.[2]


É exatamente essa impressão que o Marco Civil quer passar para aquele que "livremente decide entendê-lo". Segundo [3] Ion Pacepa, a utilização do termo glasnost precede os anos finais da União Soviética, e era usado nos regimes comunistas como um codinome de uma ferramenta de inteligência ultra-secreta da ultra-secreta “ciência” negra de desinformação.

Assim, o Marco Civil, de que civil não tem nada, é sancionado com um efeito glasnost com o propósito de se tornar um marco na história das relações em rede. O que acontecerá futuramente que seja uma ação direta do Marco nunca saberemos, nem quando ocorrer, já que se tiver um caráter antidemocrático, oposto à sua imagem inaugural, nunca se admitirá que foi devido ao mesmo.



Notas

[1] As notícias, muito mais do que meios de doutrinação, estão servindo para dividir a sociedade em polos extremos de opiniões. ver: http://blogestaporvir.blogspot.com.br/2014/01/homofobia-rolezinho-e-inadimplencia.html
[2] Último líder soviético. ver:http://pt.wikipedia.org/wiki/Mikhail_Gorbatchev
[3] Ion Mihai Pacepa é autor dDisinformation: Former Spy Chief Reveals Secret Strategies for Undermining Freedom, Attacking Religion, and Promoting Terrorism. ver: http://www.midiasemmascara.org/mediawatch/noticiasfaltantes/comunismo/14670-lenin-stalin-ceausescu-obama-como-os-lideres-marxistas-escondem-o-seu-passado.html

sábado, 12 de abril de 2014

O Multiculturalismo Emancipatório

As relações interculturais, resultado direto de um mundo globalizado, trouxeram consigo certas manifestações provenientes de uma busca por identificação (contraste) de determinadas culturas, que a longo prazo se transformaram em racismo, xenofobia, etnocentrismo, face às outras. Em oposição a essa tentativa de alcançar uma identidade cultural particular dentro de uma comunidade, surge a sociedade multicultural.

Nossa sociedade contemporânea, a qual é ela mesma em dimensões macrocósmicas a reencarnação da torre de babel e, como tal, com o intuito de não ter sobre si o mesmo fim da original, está a procurar mecanismos que assegurem uma boa relação entre os povos. Nesse sentido, não é apenas o problema linguístico, como foi na torre de babel inaugural, que ameaça abalar a construção da "cidade celestial", mas também uma infinidades de outras manifestações culturais. 

O Pluralismo Cultural enquanto um arranjo espontâneo de uma sociedade qualquer traz um crescimento saudável e natural a esta mesma. Mas há um gravíssimo problema quando esse se torna uma manobra engenhada por uma elite reguladora social, com propósitos maquinados por esta. Essa engenharia social é sustentada pela noção de Multiculturalismo Emancipatório[1], na qual a emancipação gira em torno dos conceitos de harmonia e tolerância.

O Multiculturalismo é, portanto, a ação de uma elite política em uma comunidade onde:

1/ no caso de essa ser monocultural e essa cultura predominante ir contra os interesses progressistas dessa elite, haja um esforço em quebrar a hegemonia dessa cultura; 

2/ no caso de essa já ser multicultural em sua formação, haja um esforço em tornar as culturas atuantes cada vez mais hibridas e com mais elementos sincréticos, em pontos estratégicos dessa cultura, como a crença religiosa por exemplo.

Tomemos como exemplo o Estado Brasileiro da Bahia, lugar onde templos acolhem católicos e adeptos de religiões afro-brasileiras harmoniosamente, tornando-se um referencial para o restante do mundo. Nessa hora, é impossível não lembrar das palavras de Abdu'l-bahá:  
[...] a cidade da Bahia, situada na costa leste do Brasil. Devido ao fato de ser conhecida por este nome há algum tempo, sua eficácia será muito potente [...]  esta cidade foi batizada pelo nome de BAHIA e isso foi, sem dúvida, através da inspiração do Espírito Santo…
Em suma, o neo-gnosticismo das elites políticas busca alcançar a emancipação (social, econômica, espiritual, etc) da humanidade que esbarra na ideia de salvação do gnosticismo da antiguidade tardia. Essa nova cara do gnosticismo é essencial para a consolidação da Nova Ordem Mundial de Baha'u'lláh, sobretudo por este prometer a salvação coletiva, imanente e terrena.

Nota:

[1] Termo originalmente criado por Boaventura de Souza Santos.

Fontes:


http://www.curriculosemfronteiras.org/vol3iss2articles/boaventura.pdf
http://www.gpmina.ufma.br/pastas/doc/Multiculturalismo%20e%20Sincretismo.pdf

http://apocalipsetotal.wordpress.com/2010/07/08/a-bahia-e-o-coracao-espiritual-da-nova-ordem-mundial-no-brasil/

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A mente revolucionária e o advento do prometido

"Acreditando que 'a paz mundial não é apenas possível, mas inevitável', os Bahá’ís encaram o futuro da humanidade de forma pragmática, envolvendo-se em projetos que permitem criar uma nova civilização mundial, baseada em princípios de justiça, prosperidade e progresso contínuo." (Página oficial dos Bahá'is de Portugal)
Humanismo, marxismo, niilismo, existencialismo, neo-ateísmo, positivismo, progressismo... Se a Fé Baha'i afirma que o surgimento de todos esses movimentos se deu pelo reboliço do advento de Baha'u'llah, o que devo pensar? A luz refletida por Baha'u'llah é o que acende a mente revolucionária?

cima (da esquerda para a direita): Che, Sartre, Gramsci, Romero, Nietzsche
baixo (da esquerda para a direita): Engels, Stalin, Lenin, Marx
Expoentes da mente revolucionária na política, literatura, sociologia e religião 

A "plenitude dos tempos"[1] é o conceito que move a mente revolucionária, a ideia de que a salvação da humanidade é imanente à própria humanidade, a ideia de que o progresso é inevitável e que "o rolo compressor da história há de nos testificar disso". Essa mentalidade é como a morte e não se farta, como achar que tais personalidades apresentadas acima por exemplo representam o fim de uma era [2], quando seus ideais persistem e avançam descomunalmente?

(Ver continuação)

Notas:
[1] Veja o que é a plenitude dos tempo para um cristão sincero, clique aqui
[2] J. E. Esslemont : Bahá'u'lláh e a Nova Era; "O Mundo em Transformação"

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Homofobia, rolezinho e inadimplência: a tendência da mídia em simular o caos

Há bastante tempo as notícias veiculadas pelos meios de comunicação de massa estão servindo apenas como um meio de levar aos extremos os pensamentos da população a respeito do assunto tratado, como já disse outrora neste post: nós estamos vivendo em um período de conflitos destinados a criar uma sociedade dividida em extremos. Por exemplo, qualquer matéria que sai na grande mídia sobre o casamento gay vai fazer com que os defensores abracem os motivos para os serem, da mesma maneira que os que se opõe vão se agarrar aos motivos pelos quais os fazem. Não há sequer uma reflexão proposta por alguma parte, até porque a mídia de massa não dá essa possibilidade.

Para que a notícia consiga dividir a opinião pública em extremos é imprescindível que essa seja transmitida de maneira ambígua. O caso do adolescente que cometeu suicídio (ou foi assassinado?) é o exemplo mais recente. Afinal, suicídio ou homofobia, qual o motivo da morte do garoto Kaique? A opinião pública ficou dividida em (1) homofobia: "o garoto foi torturado, mais uma vítima dessa sociedade preconceituosa, isso deve acabar!"; (2) suicídio: "ao se jogar de uma grande altura, a queda causou os ferimentos que se assemelham ao de agressão". Claro, para o primeiro grupo quem pensasse que fosse suicídio é igualmente homofóbico como os (hipotéticos) agressores. O caso foi enfim definido como suicídio. Motivo então para o primeiro grupo reconsiderar a sua posição? Absolutamente, "é mais uma tentativa de abafar os crimes contra homossexuais... aff" e ainda "se ele se suicidou é porque essa sociedade não o aceitou, há preconceito ...preconceito!... preconceito... preconceito... preconceito ..." (e não é teoria da conspiração?!).

Para que os idiotas úteis do exército social da Nova Ordem Mundial possam continuar seguindo com suas funções diárias (lutar contra um preconceito espectral), é necessário que o impulso que os fazem estar em atividade continue agindo. Esse é o caso dos "rolezinhos", o que para os próprios integrantes do mesmo não é mais do que o próprio nome passa (um rolé), para muitos outros é um "protesto contra a sociedade de consumo", "uma tapa na cara dos burgueses" que mostra como a nossa sociedade é "preconceituosa, segregacionista, etc.".

A mídia desempenha o papel de fomentadora dos conflitos, o rolezinho é um exemplo de ação organizada totalmente pelos canais multimídias: iniciado nas redes sociais, ganhando dimensões maiores pela visibilidade na mídia de massa e repercutida novamente pelas redes sociais, em um looping. As pessoas precisam ser lembradas e relembradas a todo momento que "estão vivendo em um caos social", para serem introduzidas no processo de ordem no caos. Mas os rolezinhos por si só não são o caos, o caos é o efeito da abordagem que a mídia faz na mente do cidadão preocupado com uma sociedade mais justa. Esses cidadãos passam a aceitar o trabalho de agentes da Ordem Mundial de Baha'u'llah sem que disso se deem conta.

Mas para haver o combate ao preconceito é preciso que este seja percebido pelos "agentes". Na guerrilha de opinião que toma conta dos meios de comunicação, eventos como esses fazem com que diversas opiniões sejam emitidas. A opinião que acaba prevalecendo e ganhando maior interesse da mídia (a criada especificamente com esse intuito, patrocinada pelos globalistas) na maioria das vezes são de pessoas quaisquer e aleatórias, claro que, previamente selecionadas. Depois que a mídia de massa (globalista) vomita uma "noção  preconceituosa" do assunto é hora da mídia restrita (igualmente globalista) atuar no  âmbito de fortalecer a ideia de um "caos que necessita de ordem".

Criminalização do "rolezinho" gera explosão de racismo na internet é o título da notícia do "Blog do Cidadão" via o portal online da (por sinal, nascida por inspiração do Fórum Mundial SocialRevista Fórum que dá ênfase na palavra "negrada" para realçar um suposto preconceito racial, esquecendo que tal termo é de comum utilização em algumas cidades com o mesmo significado que "galera", tanto que no suposto comentário preconceituoso o usuário utilizou "negrada" no mesmo âmbito de "moçada".

Outro episódio que confirma a tendencia da mídia em noticiar sempre o lado ruim da situação foi a entrevista em um programa da Globo News com a empresária Luíza Trajano (Magazine Luíza) no qual o jornalista afirma veementemente, apesar da empresária retrucar, que houve um aumento na inadimplência fazendo com que o varejo brasileiro pudesse entrar em crise (ver mais). Assim como no final do ano passado, apesar do comércio ter crescido mais de 1%, a mídia a todo instante noticiar as más vendas de fim de ano.

O extremismo em noticiar os "grande problemas" da nossa sociedade é com o intuito de colocar a solução nas mãos daqueles que "tentam fazer alguma coisa, ao invés de só ficar reclamando (Ú.ú)".